quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O QUE OS BEBÊS GOSTARIAM QUE AS PESSOAS SOUBESSEM!



É comum receber pais que buscam orientação terapêutica para atenderem seus exigentes bebês!

Mas, de que bebês estamos falando?

Normalmente as queixas estão no entorno do sono, alimentação e choro excessivo.

Bom, quando observamos que um bebê se coloca no mundo basicamente através destes processos, e entendemos que essa é a expressão das suas capacidades relacionais, então, começamos a buscar a dinâmica pais-bebê para entender o que está por trás destes sintomas na relação entre eles.

Esse trabalho é muito interessante porque é breve e há uma permeabilidade dos pais e do bebê à ele. Estamos falando então que prevenção de saúde mental é mais simples do que podemos imaginar. Trata-se muito mais de observação, especialmente dos profissionais que atendem a díade, mas também dos familiares e rede de apoio da família.

O texto a seguir é pertinente neste sentido, pois traz uma visualização, ainda que breve, das necessidades dos bebê,

Abraço

Rosângele



E quando o amor transborda entre um homem e uma mulher, quando o desejo de dar continuidade e de transmitir encontra nos amantes e no seu espaço relacional um terreno favorável, o bebê pode acontecer.

O feto vai bebendo deste enamoramento e dos rituais de amor que os progenitores dedicam um ao outro e ao mesmo tempo ao seu bebê. Os amantes preparam assim o seu feto/bebê para a nova relação de amor.
O nascimento surge como a possibilidade de celebrar em festa a materialização deste sonho de amor construído pelos pais. O enamoramento parental, a capacidade de ver naquele bebê, o Seu Bebê, transmite ao recém-nascido a alegria de se sentir ainda mais desejado e amado.

A prosódia da fala dos pais dá conta desse encantamento e o bebê aconchega-se nesse fantástico envelope sonoro. O contacto pele-a-pele empresta a dimensão do contacto corpo-a-corpo. A vida e a relação acontecem. Bebê e pais ajustam-se aos novos ritmos da vida fora do útero. Bebê e pais abraçam enamorados um longo processo de co-construção. A vida é, assim, feita a brincar, a aprender, a crescer, com o Outro, para o Outro.
Sem estes ajustamentos os bebês, não sentem o prazer de existir, não podem sorrir ou brincar, não desejam a relação, tornam-se difíceis de acalmar e o seu choro desperta nos pais as memórias dos seus próprios choros e da forma como foram ou não respondidos. E se foram respondidos de forma positiva existirá um pano de fundo suficientemente contentor para que o bebê possa ser compreendido pelos pais e desse modo se possa, também, sentir compreendido.
Os bebês que revelam dificuldades e que se apresentam como difíceis na relação exigem uma enorme atenção e disponibilidade de seus pais. A procura de novas fórmulas de criatividade relacional suficientemente contentoras, torna-se urgente e de uma exigência que não pode deixar de ser satisfeita. Novos estilos relacionais podem e devem ser encontrados com este bebê que só deste modo será verdadeiramente novo e único, e não mais um figura composta dos desejos conscientes e inconscientes dos progenitores.
Importará perceber os estilos relacionais parentais e avaliar da sua eficácia, tendo em conta a sua importância para o desenvolvimento do processo de parentalização e de filiação, contribuindo para um crescimento harmonioso. As dificuldades não ultrapassadas podem conduzir a uma degradação da relação e ao adoecer do bebê e dos pais, criando o terreno favorável à instalação de desarmonias evolutivas de prognóstico mais ou menos severo e que podem mesmo comprometer o futuro do bebê.
O objectivo dos Seminários Geração Ganhar Saúde é, sobretudo, prevenir e ganhar Saúde, abordando a saúde mental infantil no seu contexto relacional, identificando estilos geradores de patologia e contribuindo para a criação de novos estilos relacionais geradores de mais amor e de melhor saúde, geradores de bem-estar para os bebés, os pais e para os técnicos envolvidos.

Torna-se, assim, Urgente:

• Realizar o diagnóstico precoce, evitador dos terríveis custos de uma patologia instalada e de muito difícil reparação;
• Desenvolver competências parentais e do bebê- se não sabe porque não experimenta;
• Desenvolver competências dos educadores e técnicos de saúde- mudar de óculos!;
• Desenvolver a capacidade de brincar do bebê (e dos pais/cuidadores), como verdadeiro motor do crescimento sanígeno da Criança!;
• Consultas em contexto de sala de brincar ou em sua casa!;
• Integração na equipe de parceiros de investigação e
• Observar ,Investigar, Co-Sentir, Co-Pensar, Co-Criar, Crescer, Prevenir!

EQUIPA NIB
Director Clínico, Dr. ANTÓNIO COIMBRA DE MATOS
Investigadora Clínica co-responsável do NIB, LOURDES LOURENÇO, .
investigador Clínlico NIB, JORGE RIBEIRO

Veja também .http://rosangeleprado.blogspot.com/p/mae-bebe-familia.htm

Fonte: www.facebook.com/events/237236676362436/

*Os grifos são meus.


Nenhum comentário:

Postar um comentário