VAGAS ABERTAS PARA NOVA FORMAÇÃO!
INFORMAÇÕES: http://www.camposebravo.com.br/c_fp22.asp
FORMAÇÃO DE
EDUCADORES CONSCIENTES
PROJETO “CUIDANDO DE QUEM CUIDA”
|
JUSTIFICATIVA: Os olhos da ciência, cada vez
mais, voltam-se para a importância dos cuidados na primeira infância. Integrar
o cuidado aos seus cuidadores ao conjunto de ações preventivas e
psicoprofiláticas, demandadas nas unidades de ensino básico, é o objetivo deste
curso. Por representar uma importante fase na vida do ser humano, a primeira
infância caracteriza-se por uma permeabilidade cujos cuidados oferecidos são
efetivos e determinantes no desenvolvimento infantil. Os profissionais da
educação infantil, norteadores e responsáveis em grande parte por esse processo,
demandam orientação, continência e cuidado, sendo estes os objetivos deste
projeto. Esta capacitação busca oferecer uma oportunidade aos cuidadores da
educação infantil em consonância com a necessidade de torná-los conscientes do
seu papel de tutores da infância.
OBJETIVO: O presente projeto tem como
objetivo oferecer formação autoeducativa e complementar aos profissionais da
educação infantil, oferecendo um novo olhar ao cuidador para reconhecimento da
importância do seu papel no cuidado com a infância.
PÚBLICO ALVO: Auxiliares/monitores de creches,
professores, profissionais de tarefas de apoio (merendeiras, pessoal de limpeza
e secretaria), diretores e gestores na rede pública ou particular da educação
infantil.
METODOLOGIA: Aulas expositivas com
apresentação multimídia. Dinâmicas e compartilhar de experiências. Discussão de
“cases” e leitura compartilhada.
Bloco I: Monitoras/Cuidadoras:
- A emoção do cuidador no ato de cuidar:
- Papel do cuidador e maternagem:
- Trabalho em equipe e multidisciplinaridade:
Bloco II: As crianças:
- Cuidando de bebês:
- Cuidando de crianças de zero a cinco anos:
Foi utilizado o termo cuidador para
designar a função e o papel das monitoras, considerando a importância da
internalização dos mesmos.
O resgate pessoal do cuidador foi o
norteador do projeto, por haver uma crença de que é a partir da própria
história de vida, sentimentos e valores, que edificamos nossa expressão
profissional.
Prefeitura Municipal de Vinhedo
Público: Em torno de 150 profissionais das creches integrantes
da rede de Educação Infantil do município de Vinhedo.
Período: Junho a Dezembro de 2010.
23 E 24 DE SETEMBRO DE 2010
o Normas e convívio.
o A importância do protocolo
de cuidados e seu cumprimento: uma questão de segurança.
o Ética e princípio ético.
TRABALHANDO
EM
EQUIPE
"CUIDANDO DE BEBÊS"
28 e 29 de Outubro de 2010
Apresentação do Método Lóczy - Emmi Pikler
(Hungria)
"receber com respeito
educar com amor
dispensar com liberdade"
(R.Steiner)
Tudo que um bebê precisa para se desenvolver plenamente e feliz!
Que possamos ser multiplicadores desta poesia viva...
Agradeço à todos pela presença e interesse...
"CRIANÇA FERIDA CRIANÇA QUE FERE"
18 E 19 DE NOVEMBRO DE 2010
Foi muito bom poder compartilhar com os 150 monitores da educação infantil, o olhar da psicoterapeuta e psicopedagoga suíça Alexandra Bosworth sobre as crianças feridas.
"Criança ferida criança que fere" - a obra de Alexandra traz um novo olhar para os comportamentos "difíceis" como o vandalismo, a agressividade, a violência, o roubo, a mentira...
Tais comportamentos expressam as feridas que essas crianças desenvolveram na base da sua constituição emocional, pois tiveram dificuldades no desenvolvimento do apego na fase mais primitiva da relação mãe-bebê.
Agradeço a abertura de todos os profissionais da Educação Infantil de Vinhedo/SP que permitiram esse novo olhar...
Abraço fraterno e até dezembro!!!
Rosângele Monteiro Prado
O EDUCADOR INFANTIL E O CUIDADO NA CRECHE
Rosângele Monteiro Prado
O adulto é a referência em que a criança se apoia para
modelo e imitação. Ela toma o adulto como exemplo para ter uma referência do
mundo, esse que é, para ela, misterioso e desconhecido.
A relação do educador com a criança se estabelece tendo como
base um processo de “espelhamento”, tal como ocorre quando estamos diante do
espelho, tudo o que fazemos é refletido na criança.
E neste processo o cuidador traz para o relacionamento com a
criança, a sua própria criança interior, aquela que o habita ainda.
“O cuidado que dou é o cuidado que recebi”.
Os frutos desse relacionamento tanto podem ser positivos
como negativos. Tanto pode trazer luz à criança nesse processo de descoberta do
mundo, como produzir feridas. Inconscientemente o educador reedita o cuidado
que recebeu através do cuidado que oferece, podendo realizar uma compensação ou
uma retaliação.
Assim, o contato entre a criança e o seu educador-cuidador é
permeado pelo olhar deste à infância.
Como é o seu olhar para a infância?
Qual a importância da infância para você?
O olhar que dirigimos contém a nossa própria história de
vida, construída através das vivências e experiências às quais nos deparamos ao
longo da nossa caminhada – alegria, tristeza, dor, frustração, realização,
amor...
É importante observar:
·
Como nos expressamos no mundo, quais valores e
princípios norteiam nossa vida?
·
Quais escolhas de vida fizemos até o momento?
Queremos muda-las?
·
Buscamos ter uma postura de abertura diante da
vida? Como nos relacionamos com o novo?
·
Buscamos na resiliência (superação de fatos
negativos) formas de autodesenvolvimento e autoeducação?
·
De que possibilidades dispomos para buscar o
autoconhecimento?
·
Qual o (re) conhecimento que fazemos de nós
mesmos e do outro?
Esses recursos pessoais de que dispomos podem nos ajudar a
reconhecer, não apenas as feridas, mas também a luz que nos habita, e que
ilumina e desperta a luz que habita a criança, a mãe, a família e os
colaboradores de trabalho na creche.
Há em todos nós, o bem e o mal, a luz e a sombra, a alegria
e a tristeza, a falha e o perfectível.
Cabe a cada um de nós buscarmos qualquer um desses
elementos, sempre há, e sempre é, uma escolha.
E você, qual escolha quer fazer?
“Educadores são
pessoas capazes de transformar-se”
Do que a criança precisa?
“Ela precisa ter espaço para
realizar seu destino, para isso necessita poder exercitar sua autonomia, como
expressão do seu ser pessoal autoconsciente”.
(Heydebrand, 1991)
E o educador, o que precisa
realizar?
Buscar conhecimento e
discernimento possíveis de transformarem-se em atos; o educador não educa pelo
que ensina, mas pelo que ele próprio é, ou ainda pode vir a ser a cada momento
em seu trabalho de desenvolvimento pessoal. (Heydebrand, 1991)
O educador atua como uma força no
destino da criança.
É urgente a criação de uma
cultura de cuidados com o educador da primeira infância, que contemple a
necessidade de depositar o olhar sobre ele, buscando auxiliar, apoiar e
oferecer um espaço de continência à demanda emocional pertinente ao seu papel
como formador e cuidador.