quarta-feira, 18 de maio de 2011

Webconferência: "Cuidando de Bebês: dicas para pais, educadores e cuidadores" - 17 de maio de 2011


Quem não acompanhou a webconferência de ontem pode assisti-la na íntegra acessando o link abaixo.






Recém-nascidos aprendem enquanto dormem

Bebês recém-nascidos aprendem melhor quando estão dormindo, diz um pesquisador da Universidade da Flórida
getty images
Além de fofos quando dormindo, os bebês recém-nascidos também são mais espertos durante as horas de sono. A pesquisadora Dana Byrd, da Universidade da Flórida, desenvolveu um estudo que analisou bebês enquanto dormiam e descobriu um tipo de aprendizagem que não acontece com os adultos durante o sono. 

Nos testes feitos por Byrd, enquanto os recém-nascidos repousavam, foi tocado um som seguido de um sopro suave de ar nas pálpebras das crianças. Cerca de 20 minutos depois, 24 dos 26 bebês apertaram as pálpebras quando ouviram o som, sem o sopro de ar. Além de aprender a dar este reflexo em resposta ao som, também deram a resposta na hora certa. Esse movimento aprendido indica o funcionamento normal do cerebelo – estrutura neural na base do cérebro. O estudo é importante para futuras pesquisas que tentam identificar problemas no desenvolvimento neural do bebê, como o autismo e a dislexia. 

A capacidade de as crianças aprenderem durante o sono não é a mesma dos adultos. Os adultos apresentam um sono mais agitado em que frequências cardíaca e respiratória variam muito, dificultando a aprendizagem. Para a Dra. Byrd, outro fator que diferencia o padrão de sono de bebês e adultos é que os recém-nascidos têm mais plasticidade da estrutura neural e se adaptam mais a processos de aprendizagem.

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI141810-15041,00-RECEMNASCIDOS+APRENDEM+ENQUANTO+DORMEM.html




Afeto previne obesidade infantil

Estudo norte-americano revela que crianças com uma relação segura com os pais têm menos risco de serem obesas
ThinkStock
Sabe aquele colo que você dá ao seu filho quando ele chora sentido porque ficou com medo de alguma coisa? Você pode nem imaginar o bem que está fazendo não só para o emocional dele, como também para a saúde física. Um estudo, publicado noArchives of Pediatrics & Adolescent Medicine, sugere que crianças que não têm um relacionamento seguro com seus pais – em especial com as mães, têm mais risco de se tornarem obesas. 

Os pesquisadores das Universidades de Ohio e Temple, dos Estados Unidos, avaliaram a interação de mais de 6 mil crianças, aos 2 anos e 4 anos e meio, com seus pais e concluíram que aquelas que interagiam mais com eles (como procurar por um abraço) e eram confortadas em situações estressantes tinham risco de obesidade em torno de 16,6% contra 23,1% daquelas que não tinham uma relação segura. 

Segundo Sarah Anderson, professora da Universidade de Ohio e principal autora do estudo, a obesidade pode ser também uma manifestação de desregulação de áreas do cérebro que controlam as respostas ao estresse. Essas mesmas áreas, segundo ela, controlam o ciclo de sono/vigília, fome e sede, e uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação de hormônios. 

Para Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), a primeira forma de a criança entrar em contato com o mundo é pela boca – seja para receber alimentação, para chorar ou o prazer em conhecer objetos. É por isso que esse comportamento, de encontrar prazer por meio da boca, se estende depois na vida adulta. Quantas vezes quando estamos inseguros, carentes, desamparados, não procuramos conforto em um pedaço de chocolate? “Quando a criança busca e recebe conforto por meio do abraço, da sua atenção, do aconchego, você está oferecendo a ela mais uma opção – além de comer, o que vai ser sempre forte – para lidar com aquele momento”, diz Rita. E esse aprendizado - de saber que pode contar com você - ela vai carregar para o resto de sua vida, sem ter a comida como única forma de aliviar uma frustração. 

Agora, se você vive com medo da medida entre afeto e mimo, a especialista alerta. “Às vezes, ficamos tão preocupados em não mimar, como se dar atenção fosse um excesso, que corremos o risco de criar uma criança carente”, diz Rita. E tem horas que tudo o que seu filho quer é ficar no aconchego do seu colo, mesmo que não esteja com dor, fome ou medo.




Aprenda a lidar com o choro do bebê

Domine a angústia e preste atenção em todos os sinais da expressão do seu filho

Tatiana Gerasimenko, especial para o iG São Paulo | 24/03/2011 

Choro: observação e paciência são as chaves para lidar com o bebê
Dona Áurea teve sete filhos em uma época em que ter babá era para poucos. Além deles, ajudou a criar mais 20 netos e três bisnetos. A cada novo membro da família a pergunta se repetia: como reconhecer se o bebê chorava de fome, de cólica ou de frio? “Foi assim com as minhas noras e é assim com as minhas netas quando têm filhos: elas me ligam, perguntam o que fazer e se posso ouvir o choro da criança ao fundo”, conta. “Em geral, eu acerto o motivo”. 
Durante muitos meses, o choro é a única forma do bebê expressar como se sente: com sono? Com fome? Com frio? Com calor? Incomodado com a fralda suja? Como a fase dura um bom tempo, a mãe terá muitas chances de aprender a interpretar cada tipo de choro do bebê. “Não tem segredo, é só ouvir o instinto materno, ter um pouquinho de paciência e logo se ganha a experiência”, confirma Áurea Torres, mãe de sete e bisavó de três.
A prática da bisavó confirma a opinião dos especialistas: conhecimento e paciência formam a dupla necessária não só para entender a origem das lágrimas dos bebês, mas também para compreendê-las. “Cada criança é diferente da outra”, explica o puericulturista Celso Eduardo Olivier. “A mãe precisa aprender com a experiência”.
“Como cuido de muitas crianças diferentes, costumo analisar primeiramente três coisas básicas: se é hora de mamar, se ele está sujo ou com cólicas”, relata Rosa Maria das Neves, que trabalha em um berçário há 20 anos. Segundo ela, raras vezes o motivo foge dessa lista. Mas acontece.
É manha?
A “manha” começa perto de um ano, quando a criança percebe que pode manipular a situação. “Antes disso, mesmo quando ela só quer colo, considero mais uma insegurança, não manha”, explica Rosa.
Uma das grandes preocupações de toda mãe é evitar que a criança aprenda a usar o choro para impor sua vontade. Quando é necessário deixar a criança chorar e quando se deve atendê-la? A resposta, de acordo com os especialistas, é simples. “Quando a criança é muito pequena, não pode se sentir desamparada. Ela se sente assim quando chora e não é atendida”, afirma Claudia Batista, psicóloga especializada em família.
Conforme a criança se desenvolve, a tempestade vai passando. “A criança aprende que a situação incômoda vai ser resolvida e não há necessidade de chorar ainda mais”, explica a neonatologista Celia Giovanni, do Hospital Santa Joana, de São Paulo. “Quando cresce, fica menos chorosa”.



De primeira viagem

Entre mães de primeira viagem, o choro do bebê costuma causar mais angústia. Para aliviar a aflição, as netas de Áurea buscam a sabedoria da avó – principalmente nos primeiros dias do bebê em casa. Mas não existe uma fórmula. “Tem de prestar atenção e, em questão de dias, você já sabe mais ou menos do que seu filho precisa”, afirma ela.
A angústia da mãe é considerada natural, se não for em demasia. Mas ela precisa aprender a dominar este sentimento. “Se não for controlada, a angústia pode prejudicar a relação entre mãe e filho”, ressalta o puericulturista Olivier. Claudia concorda: “Quando a mãe coloca o bebê no berço e ele não quer ficar lá, ele chora. A mãe vai ficar um pouco aflita no início, mas em alguns dias o sentimento passa – e a choradeira também”.
Sinais de alerta
O choro pode ser um bom termômetro para avaliar a saúde da criança. “É preciso observar o conforto, o bem-estar. Se o choro é consolável, ele é natural, inerente a uma situação. No entanto, se a criança não está suja, nem com fome, nem com cólica, é preciso ficar atenta à sua temperatura ou a sua pele”, explica a neonatologista Celia. Para qualquer alteração nesse sentido, o melhor é ligar para o pediatra ou levar para um exame.
Apesar de a reclamação mais comum ser relacionada ao choro em excesso, a falta de lágrimas também pode incomodar muitas mães. Natália Viandre é mãe de Vinicius, hoje com seis anos. O menino, no primeiro ano de vida, chorou apenas quando tomou vacina. “Eu estranhava muito, porque ele quase não chorava. Quando estava com fome, ele resmungava um pouquinho, baixinho. Cheguei a ficar preocupada”, relata.
A falta do choro pode mesmo ser um problema. “Quando a criança não se manifesta dessa forma, é preciso ficar atento a outros aspectos clínicos: se ela mama bem, se é ativa, se abre os olhos para olhar as coisas ao redor e se segura a mão da mãe”, recomenda Celia.

http://delas.ig.com.br/filhos/meubebe/aprenda+a+lidar+com+o+choro+do+bebe/n1596822608027.html


A importância da interação entre mãe e bebê

Estímulos maternos no primeiro ano de vida garantem um desenvolvimento melhor ao longo da infância e da adolescência.
Fernando Martinho
Você já parou para pensar no quanto seu filho aprende no primeiro ano de vida? E no quanto o papel da mãe é fundamental nessa etapa? Isso é o que revela uma pesquisa realizada no Canadá, conduzida conjuntamente pelas universidades de Montreal e de Minnesota (EUA).
O resultado do estudo, que contou com cerca de 80 mães e seus bebês de um ano de idade, apontou que a interação com a mãe no primeiro ano de vida ajuda a criança a desenvolver melhor suas funções cognitivas, como a habilidade de controlar impulsos e de se lembrar de coisas. 

Mais do que isso, os pesquisadores descobriram que também a maneira com que a mãe brinca com a criança é importante para o seu crescimento. As habilidades cognitivas do bebse desenvolvem melhor, por exemplo, quando a mãe atende prontamente aos pedidos de ajuda de seu bebê, conversa sobre os gostos, pensamentos e memórias de seu filho durante uma brincadeira, ou encoraja que o pequeno organize boas estratégias para solucionar seus problemas. 

Outro estudo vai além e sugere que a maneira como as mães interagem com os bebês até 1 ano de idade interfere no comportamento da criança entre 4 e 13 anos. Cientistas da unividade de Chicago analisaram 1.800 crianças e avaliaram suas reações em vários tipos de atividades e os estímulos que recebiam da mãe. O resultado indicou que aquelas estimuladas no primeiro ano de vida apresentam baixo risco de ter problemas de comportamento, como bullying, mentiras, desobediência, entre outros. 

Há quem pense que a criança não aprende nada quando ainda não tem 1 ano de vida. “O enorme trabalho neurológico e químico que um bebê faz nos primeiros 12 meses não acontecerá dessa maneira em nenhuma outra fase de sua vida”, diz Rita Calegari, chefe do setor de Psicologia do Hospital São Camilo. 

Aquele bebê, que parece não interagir com os pais nos primeiros dias, logo começa a reconhecer as pessoas, a falar, andar e mexer em objetos. Todo o aprendizado nessa etapa se refletirá na sua forma de se relacionar com o mundo. E os cuidados maternos, cujos estímulos vão desde uma troca de fralda ou da amamentação, por exemplo, vão definir seus valores, caráter, nível de tolerância. 

“A mãe precisa suprir as necessidades da criança o suficiente e entender também que o exagero é tão nocivo quanto a falta de cuidado”, diz Rita. A psicóloga enfatiza que, atender aos desejos das crianças de maneira equilibrada, permite educá-las mais felizes, satisfeitas e menos ansiosas. Por outro lado, aquelas que sofrem violência física no dia-a-dia carregarão essa atitude como um valor. 

Esse carinho tem de estar presente também na pessoa que fica com a criança enquanto os pais estão trabalhando. “É preciso que, muito mais do que os cuidados básicos, como dar banho ou a papinha na hora certa, a criança seja estimulada mesmo longe dos olhos dos pais, seja com uma música, um brinquedo ou um banho de sol”, completa a especialista.


http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI6744-15046,00-A+IMPORTANCIA+DA+INTERACAO+ENTRE+MAE+E+BEBE.html


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