segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pesquisa mostra relação entre baixos níveis de ocitocina e depressão pós-parto

                                                                                                                                                                                                                   
RIO - A ocitocina, substância liberada durante o sexo e a amamentação, pode ser a chave para prevenir a depressão pós-parto. De acordo com pesquisadores suíços, mulheres com baixos níveis deste hormônio durante a gravidez são mais propensas a se sentirem deprimidas depois do nascimento do bebê.
A descoberta vem acompanhada da possibilidade de se desenvolver um remédio baseado na substância. Os níveis de ocitocina seriam medidos em mulheres durante a gestação e, naquelas em que ela estiver baixa, o remédio seria usado.
A depressão pós-parto afeta até 19% das mães. Além disso, filhos de mulheres afetadas pelo problema têm maior risco de desenvolver doenças psíquicas no futuro, portanto, qualquer meio de impedí-lo poderia ter grandes implicações. A ocitocina é produzida pelo cérebro durante o sexo, amamentação e o parto. Ela promove os sentimentos de confiança, amor e carinho.
De acordo com o estudo, mulheres com altos níveis de ocitocina consideram mais fácil a adaptação à maternidade. Os pesquisadores suíços analisaram se a escassez da substância química está ligada à depressão pós-parto. 74 mulheres grávidas saudáveis tiveram seus níveis hormonais medidos nos últimos dois e três meses de gestação. Elas também responderam a perguntas elaboradas para detectar os sintomas de depressão e foram entrevistadas de novo 15 após o parto.
A análise descobriu uma clara relação entre os baixos níveis de ocitocina na gravidez e os sintomas de depressão após o parto. Além disso, mulheres que se sentem tristes na gravidez se mostraram mais propensas a brigas após o parto, informa a revista "Neuropsicofarmacologia".
Gunther Meinlschmidt, da Universidade de Basel, na Suíça, disse ao "Daily Mail" que estudos futuros devem investigar se a indução à ocitocina na gravidez diminui os riscos de depressão pós-parto. Ele acrescentou que a identificação destas mulheres no começo da gravidez pode colaborar com intervenções preventivas iniciais e minimizar os efeitos adversos para o bem-estar de mães e filhos. Poderia, no entanto, haver efeitos colaterais do tratamento, já que a ocitocina é usada em hospitais para induzir o parto.
A depressão pós-parto é mais comum em mulheres com um histórico de depressão, nas quais falta apoio na gravidez e cujos bebês precisam de cuidados extras. Também é mais provável em mães de meninos do que de meninas. Pode durar mais de um anos nos casos mais graves, com sintomas variando de ataques de pânico a ideias de suicídio e de ferir o bebê.


Retirado de: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2011/05/12/pesquisa-mostra-relacao-entre-baixos-niveis-de-ocitocina-depressao-pos-parto-924445830.asp

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