Laços à primeira vista
A CONEXÃO QUÍMICA QUE A MÃE ESTABELECE COM O BEBÊ NA PRIMEIRA HORA DEPOIS DO NASCIMENTO MOSTRA COMO SERÁ O RELACIONAMENTO ENTRE ELES E AJUDA A DETERMINAR A FUTURA SAÚDE EMOCIONAL E FÍSICA DA CRIANÇa.
POR PATTY ONDERKO / TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO POR RAQUEL BEER, FILHA DE MARCIA E ANDRé
Imediatamente depois que os gêmeos de Patty Onderko, colunista da revista americana Parenting, nasceram via cesárea, quase três anos atrás, uma enfermeira colocou cada bebê de um lado da mãe, para tirar uma foto. Segundo ela, foi estranho ver os dois pequenos, presos a ferramentas e aparelhos médicos, mas os dois bebês estavam saudáveis, e ela e seu marido estavam felizes.
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Nos anos que se seguiram, ela diz sempre ter se perguntado para onde os bebês teriam ido depois que os segurara. “Eu sei que fiquei no centro cirúrgico por pelo menos uma hora, talvez mais. Depois eu comecei a desmaiar e acordar de exaustão, antes de acordar em um quarto de recuperação, onde eu me reuni aos pequenos”, conta Patty. “Para onde eles foram e o que fizeram nessa uma hora é um mistério para mim”.
Nos anos que se seguiram, ela diz sempre ter se perguntado para onde os bebês teriam ido depois que os segurara. “Eu sei que fiquei no centro cirúrgico por pelo menos uma hora, talvez mais. Depois eu comecei a desmaiar e acordar de exaustão, antes de acordar em um quarto de recuperação, onde eu me reuni aos pequenos”, conta Patty. “Para onde eles foram e o que fizeram nessa uma hora é um mistério para mim”.
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Essa pequena falta, na maioria das vezes, passa batido pelas mães, como foi o caso da colunista. Elas só começam a se incomodar com ela quando descobrem o que é chamado de “hora de ouro pós-parto”, o melhor momento que mãe e bebê têm para formar uma ligação química intensa. Durante o nascimento, o corpo da mulher libera ocitocina, um hormônio que causa contrações uterinas e ajuda o bebê a sair. A ocitocina também é um hormônio de bem-estar, muito influente na criação de laços; ela é liberada durante o orgasmo e na amamentação. Depois que se dá à luz uma criança, mãe e bebê ficam sob influência do hormônio, criando um momento de “amor à primeira vista”. Além disso, os odores lançados por mãe e bebê durante o parto contam com feromônios (substâncias químicas) que atraem um para o outro, e até impulsionam o bebê ao seio da mãe, para que ele comece a mamar.
Especialistas dizem que os laços que mãe e filho desenvolvem durante esse período não apenas estabelecem o “clima” do relacionamento, mas também ajudam a determinar o futuro emocional e a saúde física da criança com décadas de distância. A Academia Americana de Pediatras (AAP) encoraja as mães a maximizarem o contato de pele com pele nesses primeiros minutos da vida do pequeno.
Isso não significa que mães que foram separadas dos bebês estão amaldiçoadas ou qualquer coisa do gênero. O pediatra, editor colaborador da Parenting, pai do movimento de ligação familiar e autor de mais de 40 livros sobre a paternidade diz que “criar laços não é um tipo de cola instantânea”. Também não é um jogo. “Não é porque você não segurou seus filhos na hora depois do nascimento que o relacionamento de vocês está acabado”, defende. “Nunca é tarde para começar a se aproximar. Eu já vi pais que adotaram crianças de um ano: mesmo que demore um pouco mais para criar laços, acontece. Você sempre pode superar o tempo perdido”. O importante é o que vocês fazem nos momentos que passam juntos, seja logo após o nascimento ou depois.
"É a qualidade dos momentos que importa, não a quantidade", diz Dr. Chopra. Então não sinta como se você precisasse ficar sentada dia e noite, colada ao pequeno. Na verdade, ignorar suas próprias necessidades em favor do bebê não vai fazer nenhum bem. “Uma mãe precisa de tempo para recarregar as energias”, afirma a especialista. “De outro modo, ela não estará apta a dar ao bebê a atenção de qualidade que ele precisa”. Solicite apoio de seu parceiro, família e amigos para que você possa aproveitar essa intimidade com o seu bebê, em vez de ressenti-la.
Se você vai dar à luz, faça esforço para aproveitar esses primeiros momentos (ou seja, a hora de ouro).De acordo com a AAP, você deve se sentir confortável o suficiente para pedir a enfermeira que espere alguns minutos para continuar com os procedimentos. Assim, você poderá segurar o pequeno e deixar que ele se aproxime do seu seio para a primeira mamada. Evite se cobrir, para que vocês consigam aproveitar o contato pele a pele nos primeiros minutos.
Caso você não tenha tido essa oportunidade, não se preocupe. Simplesmente ficar olhando para o pequeno ou mexer nos dedinhos está longe de ser tempo perdido. Na verdade, é uma oportunidade de iniciá-lo em uma jornada saudável que irá, se tudo der certo, guiá-lo para o resto da vida.
Fonte: Parenting
Essa pequena falta, na maioria das vezes, passa batido pelas mães, como foi o caso da colunista. Elas só começam a se incomodar com ela quando descobrem o que é chamado de “hora de ouro pós-parto”, o melhor momento que mãe e bebê têm para formar uma ligação química intensa. Durante o nascimento, o corpo da mulher libera ocitocina, um hormônio que causa contrações uterinas e ajuda o bebê a sair. A ocitocina também é um hormônio de bem-estar, muito influente na criação de laços; ela é liberada durante o orgasmo e na amamentação. Depois que se dá à luz uma criança, mãe e bebê ficam sob influência do hormônio, criando um momento de “amor à primeira vista”. Além disso, os odores lançados por mãe e bebê durante o parto contam com feromônios (substâncias químicas) que atraem um para o outro, e até impulsionam o bebê ao seio da mãe, para que ele comece a mamar.
Especialistas dizem que os laços que mãe e filho desenvolvem durante esse período não apenas estabelecem o “clima” do relacionamento, mas também ajudam a determinar o futuro emocional e a saúde física da criança com décadas de distância. A Academia Americana de Pediatras (AAP) encoraja as mães a maximizarem o contato de pele com pele nesses primeiros minutos da vida do pequeno.
Isso não significa que mães que foram separadas dos bebês estão amaldiçoadas ou qualquer coisa do gênero. O pediatra, editor colaborador da Parenting, pai do movimento de ligação familiar e autor de mais de 40 livros sobre a paternidade diz que “criar laços não é um tipo de cola instantânea”. Também não é um jogo. “Não é porque você não segurou seus filhos na hora depois do nascimento que o relacionamento de vocês está acabado”, defende. “Nunca é tarde para começar a se aproximar. Eu já vi pais que adotaram crianças de um ano: mesmo que demore um pouco mais para criar laços, acontece. Você sempre pode superar o tempo perdido”. O importante é o que vocês fazem nos momentos que passam juntos, seja logo após o nascimento ou depois.
"É a qualidade dos momentos que importa, não a quantidade", diz Dr. Chopra. Então não sinta como se você precisasse ficar sentada dia e noite, colada ao pequeno. Na verdade, ignorar suas próprias necessidades em favor do bebê não vai fazer nenhum bem. “Uma mãe precisa de tempo para recarregar as energias”, afirma a especialista. “De outro modo, ela não estará apta a dar ao bebê a atenção de qualidade que ele precisa”. Solicite apoio de seu parceiro, família e amigos para que você possa aproveitar essa intimidade com o seu bebê, em vez de ressenti-la.
Se você vai dar à luz, faça esforço para aproveitar esses primeiros momentos (ou seja, a hora de ouro).De acordo com a AAP, você deve se sentir confortável o suficiente para pedir a enfermeira que espere alguns minutos para continuar com os procedimentos. Assim, você poderá segurar o pequeno e deixar que ele se aproxime do seu seio para a primeira mamada. Evite se cobrir, para que vocês consigam aproveitar o contato pele a pele nos primeiros minutos.
Caso você não tenha tido essa oportunidade, não se preocupe. Simplesmente ficar olhando para o pequeno ou mexer nos dedinhos está longe de ser tempo perdido. Na verdade, é uma oportunidade de iniciá-lo em uma jornada saudável que irá, se tudo der certo, guiá-lo para o resto da vida.
Fonte: Parenting
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