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sexta-feira, 23 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Estudo: 90% das mães mentem que estão lidando bem com o bebê.
A pressão em conseguir cumprir os papéis da maternidade fazem com que mulheres sofram problemas caladas e recusem ajuda.
"Já se perguntou por que para muitas mulheres a maternidade parece tranquila, enquanto você passa noites sem dormir, não come direito e vive sob altos níveis de estresse? Um estudo pode resolver o problema: a maioria das mulheres mente sobre as dificuldades em ser mãe. O estudo, feito pela Kiddicare descobriu que as mulheres tendem a exagerar o quão bem estão lidando com a chegada do bebê. Das 1 mil entrevistadas, 90% disseram “estar indo bem”, quando não era verdade. As informações são do Daily Mail.
O estudo descobriu também que 41% das mães não gostam de pedir ajuda ou até mesmo aceitar auxílio de familiares e amigos por medo de demonstrarem que não estão dando conta dos cuidados com o filho. Segundo a pesquisa, 79% das mulheres consideraram os primeiros três meses mais difíceis do que o imaginado e mesmo com toda a tecnologia do século 21, 84% afirmaram que ser mãe hoje é mais difícil do que foi para as gerações anteriores.
"Pode parecer estranho que as pessoas que encontram dificuldade em lidar com a chegada do bebê relutem a pedir ajuda, mas a pressão para provar que podem fazer tudo direito é esmagadora”, afirmou Vicky Shepherd, porta-voz da Kiddicare. De acordo com o estudo, o que ajuda é ouvir experiências, boas e más, de outras mães.
Em resposta aos resultados, a Kiddicare lançou um site com o objetivo de reunir relatos de mães experientes que possam ajudar as que acabaram de ter um bebê. Entre os maiores desafios da maternidade, o estudo listou: falta de sono (69%), pressões financeiras (35%), problemas de relacionamento (31%), sair de casa com o bebê (30%) e pressão para saber todas as respostas (22%)."
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Fusão emocional mãe-bebê e o pós-parto
O pós-parto é um período onde há intensas mudanças
emocionais na vida da mulher/mãe. Além das alterações físicas e hormonais,
vividas desde a gestação, o pós-parto traduz-se em uma fase de grande
sensibilidade.
Caracteriza-se por um período onde ocorre uma fusão
emocional entre a mãe e o bebê. É um estado onde há um campo emocional
compartilhado entre os dois.
Esta é a condição que possibilita à mãe uma ligação
profunda e sensível com o seu bebê, suas demandas e características, e que a
torna mais permeável à possibilidade de decifrar o bebê.
Estar fusionado emocionalmente significa estabelecer uma
conexão onde a mãe se torna a “mãe-bebê” e o bebê se torna o “bebê-mãe”. As
emoções de ambos circulam livremente entre eles, aonde aquilo que parte das
necessidades emocionais do bebê chega ao campo emocional da mãe, e vice-versa.
O que é de um deles passa a ser do outro.
Assim, além dos pedidos emocionais de cada um, circulam
neste campo as angústias, os medos, as inseguranças, as alegrias, as
conquistas, a excitação e a ansiedade.
O bebê está vivendo um período de intensa adaptação ao
mundo externo, que é muito diferente daquele a que estava acostumado no útero
materno. Agora ele está fisicamente separado e precisa funcionar de modo
independente do corpo da mãe. Há um tempo de construção onde será constituído o
ser, mas por hora o bebê é um com o outro.
A mãe vive, ao mesmo tempo, um período onde há um
sentimento de perda de identidade e de estar “enlouquecida” por perder as
referências anteriores. Frente às
intensas mudanças, a mãe precisa, aos poucos, construir o novo papel, com novas
referências.
Com a fusão emocional vem a possibilidade do contato
com a sombra materna, aqueles aspectos da vida emocional com os quais a mãe não
pode lidar, por suas questões pessoais, e que agora podem ser sentidos, vistos,
reconhecidos e servirem de caminho para o seu autodesenvolvimento.
Como mãe e bebê partilham do mesmo campo emocional, ele
também entra em contato com a sombra da mãe, e a sente como sendo sua também.
Expressa em si mesmo, em seu corpo, as emoções da mãe. Quando um bebê chora
angustiadamente, não podemos afirmar se chora por ele ou por uma condição
emocional da mãe.
O período da fusão emocional entre mãe-bebê dura em
torno de nove meses, onde parece acontecer uma outra gestação, a gestação de
uma nova identidade materna e de um bebê cada vez mais autônomo. Mas esse
processo está relacionado a outro, que é o de “des-envolvimento” do bebê.
Na fase da fusão emocional o envolvimento é necessário
para criar essa outra condição de “des-envolvido”. É a fusão que favorece esse
processo.
Por outro lado, há certo desligamento natural das
coisas que não são desse mundo fusional. O pai pode sentir esse momento como
sendo colocado para fora dessa relação, tanto com a mãe, como com o bebê. O que
de certa maneira é real, pois a fusão pertence, neste momento inicial, à
relação da mãe com o bebê. O pai pode se transformar em um ser fusional com o
bebê em um segundo momento.
Assim, é natural quem ocorram todas essas modificações,
tanto físicas, como emocionais e relacionais, no momento em que uma família
recebe um bebê!
Todos necessitam de acolhimento, continência e tempo
para acomodarem sua nova condição.
E aqueles que fazem parte da rede sistêmica e social
desta nova família, também precisam ter consciência e conhecimento desta nova
fase. Julgamentos e falta de um olhar íntimo para as novas dinâmicas, não
ajudam e ainda podem ser determinantes na condução de situações desafiadoras e
difíceis.
Fica a dica!
Por uma educação pré-natal, com consciência e
amorosidade!
Grata, até a próxima!
Rosângele Monteiro
Psicóloga Perinatal e Terapeuta Sistêmica de Famílias
Gestantes, Pós-parto, Mãe-Bebê-Família
Adolescentes, Casais e Famílias
Coordenadora do Ninho Materno - Maternidade, família e infância.
www.rosangeleprado.blogspot.com
www.facebook.com/NinhoMaterno
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Terapeuta argentina reflete sobre o vínculo entre mãe e filho
Laura Gutman diz que não há como estabelecer vínculos saudáveis com nossos filhos sem revisitar a própria infância.
Saiba mais!
Terapeuta especializada em temas de família, Laura Gutman graduou-se em Paris na década de 1980 sob a batuta da analista Françoise Dolto. Fundou o Instituto Crianza, na Argentina, onde funciona uma escola de capacitação para profissionais da saúde e educação e grupos de atendimento ligados a temas da maternidade e infância. Seu primeiro livro traduzido no Brasil, A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra (BestSeller), que já vendeu cerca de 15 mil exemplares, virou hit entre as mulheres que pensam a maternidade como um bom momento para saber mais sobre si mesma. Em 2013, Laura lançou o livro O Poder do Discurso Materno (Summus), em que trata mais detalhadamente de seu método de biografias humanas, processo que mapeia a infância de cada um de nós para concluir qual foi o personagem que nossas mães nos concederam — e que, evidentemente, não corresponde ao que somos hoje em dia. Em uma de suas palestras, emocionou a plateia ao dizer: "Conhece sua parte mais secreta, aquilo que você esconde até de você mesma, a fim de que ela não se projete sobre seus filhos", numa interpretação livre da célebre frase de Jesus Cristo: "Conhece-te a ti mesmo". Pois é isso. Para Laura, uma boa mãe não vem pronta. Ela se questiona e se avalia o tempo todo.
Em que medida tratar da própria infância tem a ver com a criação dos nossos filhos?
Tem tudo a ver. Nossa infância é a semente daquilo que somos. E também o que move os fios de nossa vida cotidiana e a forma como nos vinculamos com as crianças de hoje. Se fomos desamparados durante a infância, abusados ou abandonados de diferentes formas, logo reagimos, e essa reação está no adulto que nos tornamos. E usaremos essas mesmas estratégias de sobrevivência para nos vincularmos hoje. Por isso é tão importante recorrer primeiro ao verdadeiro cenário da nossa infância antes de pretendermos ser boas mães ou bons pais.
E o que significa ser uma boa mãe?
Uma boa mãe, um bom pai, uma boa pessoa é aquela que está disposta a olhar os aspectos de si mesma, aqueles que não admite nem reconhece como próprios. É aquela que está disposto a refletir, escutar e olhar a sua realidade com uma nova lente. É aquela que faz perguntas permanentemente.
Nós impomos aos nossos filhos os nossos desejos e necessidades. De que maneira isso acontece e por quê?
Isso é muito comum. É difícil observar claramente uma criança e aceitar que aquilo que ela necessita — ou reclama — é legítimo apenas para ela, ainda que não tenha importância nenhuma para nós. Em geral, os adultos têm um ponto de vista sobre cada coisa: o que é correto, incorreto, útil, bom, positivo. Pretendemos educar a criança segundo nossos parâmetros, em vez de observar primeiro e estar à disposição do desenvolvimento espontâneo de cada criança.
Você diz que quando nascemos somos nomeados por nossas mães. Esse personagem cuida de nós durante toda a vida. Por quê?
Lamentavelmente, quando a criança pequena nos pede algo (presença, colo, carinho, corpo materno, escuta, tempo, empatia ou nutrição) e nós, mães, não estamos em condições de satisfazê-la, nomeamos essa criança segundo nossas apreciações subjetivas: ela é caprichosa, é boa, é mal educada, é terrível, é exigente. Na verdade, ela "não é" tudo isso. Simplesmente pede aquilo de que necessita. E pede de maneira "audível" pelo adulto. Mas as interpretações que nós, adultos, fazemos muitas vezes estão distantes da realidade afetiva da criança. É o mesmo que aconteceu conosco, quando éramos crianças, mas não temos nenhum registro disso.
Você diz que um dos primeiros atos de violência contra uma criança é privá-la do "prazer físico-sensorial". Isso significa amamentação? Ou o contato físico com a mãe?
Os seres humanos são mamíferos. Nascemos do ventre de uma mãe e necessitamos desesperadamente ser protegidos pelo corpo materno. Privar as crianças do prazer de estar em contato permanente com a mãe é um desastre ecológico. Estamos reprimindo todo o prazer, todo o pulso vital e toda implantação sensorial da criança para o resto da vida. A amamentação é parte disso - mas, sem a permanência da criança sobre o corpo da mãe, a própria amamentação não pode prosperar.
O que significa ignorar o choro de um bebê?
Creio que é a violência mais atroz: a violência do desamparo. É a semente do sofrimento humano.
As mães deveriam, então, deixar de trabalhar para estar mais presentes e se vincular aos filhos?
É fantástico que nós, mulheres, trabalhemos. Eu trabalho desde os 15 anos. A autonomia e a liberdade são fundamentais e são direitos de cada adulto, homem ou mulher. Eu escrevi em vários livros que é frequente que as mães, incapacitadas de se vincular afetivamente com os filhos, usem o trabalho como lugar de refúgio para não enfrentar o desafio da intimidade emocional que uma criança pede. Eu sou feminista. E o trabalho não tem nada a ver com a capacidade de se vincular afetivamente.
O trabalho não rouba o tempo com as crianças?
Não, essa é uma desculpa. O trabalho não é um predador da relação afetiva entre a mãe e seu filho. A única coisa que fere a relação entre mãe e filho é a incapacidade afetiva. Podemos trabalhar, sim, se precisamos, se gostamos e se isso nos faz felizes. O problema é voltar para casa e ter o desejo de conectar-se novamente com a criança. Em geral, a volta para casa nos angustia e preferimos escapar via iPhone, internet ou qualquer outra atividade social que devolva nossa identidade.
Fonte: http://bebe.abril.com.br/materia/terapeuta-argentina-reflete-sobre-o-vinculo-entre-mae-e-filho
sexta-feira, 9 de maio de 2014
As mães/profissionais do Ninho Materno...
Pensamos em homenagear as mães falando da nossa vivência pessoal como mães.
E pra dizer que somos todas mães em busca de si mesmas!
Essa é a missão do Ninho Materno, reconhecer a maternidade possível e genuína, e acolhê-la com afetividade, compreensão e orientação.
Feliz Vida a todas nós... mães!
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