terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dedicação da mãe aos filhos varia conforme contexto familiar, diz estudo brasileiro


Crianças de famílias estáveis costumam receber mais atenção materna

Thais Paiva

  shutterstock










Viver em um lar estável, onde as pessoas tratem bem umas às outras pode ser decisivo para um bom relacionamento entre mãe e filho. Este é o resultado de um estudo realizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), apresentado na 21ª Conferência Bienal de Etologia Humana, em Viena (AT). Segundo os cientistas, os cuidados que as mães dedicam aos filhos não são só fruto de instinto materno, e sim modulados por fatores ambientais e sociais, como renda, relação entre membros da família, incidência de doenças, entre outros. 

“As pessoas acreditam que cuidado de mãe é algo automático e incondicional, mas na verdade não é isso que encontramos em nossos resultados - e vários pesquisadores têm chegado à mesma conclusão”, diz Tiago Zortéa, mestre em psicologia pela Ufes e um dos autores do estudo. 

Na pesquisa, 98 mães da região metropolitana de Vitória (ES), com filhos entre 0 e 9 anos e renda familiar entre R$ 102 e R$ 21.800 por mês, responderam a um questionário que procurava esclarecer o relacionamento entre os membros da família, expectativas de futuro, condições de vida, cuidados diários, atenção com a higiene, disciplina e saúde, entre outros aspectos. 

Duas conclusões chamaram a atenção dos pesquisadores: a primeira foi a de que, quanto maior a proximidade entre a mãe e a criança, mais a mãe vai cuidar dela, independente da renda, religiosidade ou se a criança foi planejada. A segunda conclusão foi a de que a expectativa que as mães possuem sobre o futuro também afeta a intensidade do cuidado oferecido. 

Neste último caso, constatou-se na amostra que a expectativa é influenciada principalmente pela qualidade de vida familiar. "Quanto mais tumultuada for a família, menos esperançosa a mãe fica com relação ao seu próprio futuro e o da criança. Esta "desesperança" faz com que ela cuide menos de seus filhos”, explica Tiago. 

"Apesar dos resultados serem muito interessantes e trazerem à tona a importância do ambiente na construção do vínculo entre mãe e filho, não podemos correr o risco de fazer generalizações", diz Ricardo Monezi, psicobiólogo e pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp. E reforça: "Como o Brasil possui uma diversidade sociocultural muito grande, é possível que as conclusões mudem de acordo com a região analisada ou até mesmo com uma amostra envolvendo mais pessoas". 

Mesmo com essas ressalvas, o psicobiólogo concorda com alguns pontos levantados pela pesquisa. “Ambientes propícios ao cuidar, como é o caso de famílias estáveis, desencadeiam o instinto materno. Quando inseridos em um ambiente saudável, a mãe se sente melhor e acredita mais no futuro do filho, o que funciona como um fator de motivação para a dedicação.” 

Por outro lado, violência doméstica, pais que brigam na frente dos filhos e outros problemas familiares podem deixar a mãe desmotivada. "Esta falta de perspectiva ou apoio pode fazer com que ela se sinta menos preparada para cuidar dela ou dos filhos", explica. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

NÃO DEIXE O SEU BEBÊ CHORANDO!



MOVIMENTO INTERNACIONAL NÃO DEIXE O SEU BEBÊ CHORANDO !


Homens e Mulheres, pesquisadores e profissionais de saúde que trabalhamos em distintos campos da vida e do conhecimento, mãe e pais preocupados com o mundo em que nossos filhos e filhas vão crescer, cremos que é muito necessário nos manifestarmos.


Concordamos que é frequente que os bebês de nossa sociedade ocidental chorem, porém não é certo que "seja normal". Os bebês choram sempre por algo que lhes produz mal estar: sono, medo, fome, frio, calor... além disso, da falta de contato físico com sua mãe ou outras pessoas do seu entorno afetivo.



O choro é o único mecanismo que os lactentes tem para nos comunicar sua sensação de mal estar, seja qual for a razão do mesmo; nas suas expectativas, no seu continuum filogenético não está previsto que este choro não seja atendido, pois não tem outro meio de avisar sobre o mal estar que sentem nem podem por si mesmos tomar as medidas resolve-lo.


O corpo do recém nascido está desenhado para ter o seio materno tanto quanto necessita, para sobreviver e para sentir-se bem: alimento, calor, apego; por esta razão não tem noção da espera, já que estando no lugar que lhe corresponde, tem a seu alcance tudo que necessita; o bebê criado no corpo a corpo com a mãe desconhece a sensação de necessidade, de fome, de frio, de solidão, e não chora nunca. Como afirma a norte-americana Jean Liedloff, na sua obra The Continuum Concept, o lugar do bebê não é no berço, na cama, e nem no bebê-conforto, senão no colo materno.


Isto é o melhor durante os primeiros anos de vida (por isto a antiga famosa "quarentena" das recém paridas). Depois, os colos de outros corpos de familiares podem ser substitutos por alguns momentos. O próprio desenvolvimento do bebê indica o fim do período simbiótico: quando se chega a determinados graus de desenvolvimento neuro-psico-motor e o bebê começa a sentar, depois a engatinhar e por fim a andar. Ou seja, pouco a pouco vai tornando-se autônomo e a desfazer este estado simbiótico.


A verdade é óbvia, simples e evidente.


O lactente toma o leite materno idôneo para seu sistema digestivo e além disso pode regular sua composição com a duração das mamadas, com a qual é criado no peito de sua mãe sem ter uma série de problemas infecciosos, alérgicos...


Quando chora e não se atende, chora com mais e mais desespero porque está sofrendo. Há psicólogos que asseguram que quando se deixa de atender o choro de um bebê depois de três minutos, algo profundo se quebra na integridade deles, assim como na confiança em seu entorno.


Os pais, ainda que sejam educados na crença de que "é normal que os bebês chorem" e que "há que deixá-los chorar para que se acostumem", e por isto estamos especialmente insensibilizados para que seu pranto não nos afete, as vezes não somos capazes de tolera-lo. Como é natural, se estamos um pouco perto deles, sentimos seu desespero e o sentimos com nosso sofrimento. Revolvem nossas entranhas e não podemos consentir com a sua dor. Não estamos de todo deshumanizados. Por isto os métodos condutistas propõem ir pouco a pouco, para cada dia agüentar um pouquinho mais este sofrimento mútuo. Isto tem um nome comum, que é a "administração da tortura", pois é uma verdadeiro suplício que infligimos aos bebês quando fazemos isto, e também a nós mesmos, por mais que estas sejam normas de alguns pedagogos e pediatras.


Vários pesquisadores americanos e canadenses (biólogos, neurologistas, psiquiatras, etc.), na década de 90, realizaram diferentes investigações de grande importância em relação a etapa primal da vida humana; demonstraram que o contato pele a pele, do bebê com sua mãe e demais familiares mais chegados, produz moduladores químicos necessários para a formação de neurônios e do sistema imunológico; em fim, que a carência de afeto corporal transtorna o desenvolvimento normal das criaturas humanas. Por isto os bebês, quando os deixamos dormir sozinhos em seus berços, choram reclamando o que por sua natureza lhes pertence.


No Ocidente se criou nos últimos 50 anos uma cultura e uns hábitos, impulsionados pelas multinacionais, que elimina este corpo a corpo da mãe com a criança e deshumaniza o cuidado: ao substituir a pele pelo plástico e o leite materno por um leite artificial, se separa mais e mais a criatura de sua mãe. Inclusive se fabrica modelos de "walkyes talkys" (babás eletrônicas) especiais para escutar o bebê de habitações distantes das dos pais. O desenvolvimento industrial e tecnológico não se coloca a serviço das nossas crias, chegando a robotização das funções maternas a extremos inimagináveis.


Simultaneamente a esta "puericultura moderna", se medicaliza cada vez mais a maternidade; o que tenderia a ser uma etapa prazerosa de nossa vida sexual, se converte em uma penosa enfermidade. Entregues aos protocolos médicos, as mulheres adormecem a sensibilidade e o contato com seus corpos, e se perde uma parte de sua sexualidade: o prazer da gestação, do parto e da extero-gestação – o colo e a amamentação. Paralelamente as mulheres decidiram pelo mundo do trabalho e profissional masculino, feito pelos homens e para os homens, e que portanto exclui a maternidade; por isto a maternidade na sociedade industrializada ficou encerrada no âmbito do doméstico e do privado. Contudo, durante milênios a mulher realizou suas tarefas e suas atividades com seus filhos pendurados a seus corpos, como todavia ocorre nas sociedades ainda não ocidentalizadas. A imagem da mulher com seus filhos deve voltar aos cenários públicos, aos locais de trabalho sob pena de comprometer o futuro do desenvolvimento humano.


A curto prazo parece que o modelo de criação robotizado não é daninho, que não é nada demais, que as crianças sobreviverão; porém pesquisadores como Dr. Michel Odent (1999 - .primal-health.org), apoiando-se em diversos estudos epidemiológicos, tem demonstrado a relação direta entre diferentes aspectos desta robotização e doenças na idade adulta. Por outro lado, a violência crescente em todos os âmbitos tanto públicos como privados, como tem demonstrado a psicóloga suiço-alemã Alice Miller (1980) e do neurofisiólogo americano James W. Prescott (1975), por citar somente dois nomes, também procede do mal trato e da falta de prazer corporal na primeira etapa da vida humana. Também há estudos que demonstram a correlação entre a dependência às drogas e os transtornos mentais, com agressões e abandonos sofridos na etapa primal. Por isto os bebês choram quando sente falta do que lhes tiraram; eles sabem o que necessitam, o que lhes corresponderia neste momento de suas vidas.


Deveríamos sentir um profundo respeito e reconhecimento ao choro dos bebês, e pensar humildemente que não choram porque sim, ou muito menos, porque são "manhosos"... Elas e eles nos ensinam o que estamos fazendo de incorreto.


Também deveríamos reconhecer o que sentimos em nossas entranhas quando um bebê chora; porque podem confundir a mente, porém é mais difícil confundir a percepção visceral – nossos instintos. O local do bebê é o nosso colo: nesta questão, o bebê e nossos instintos estão de acordo, e ambos tem suas razões.


Não é certo que dormir com os nossos filhos ("co-lecho") seja um fator de risco para o fenômeno conhecido como Síndrome da Morte Súbita. Segundo The Foundation for the Study of Infant Deaths, a maioria dos falecimentos por "morte súbita" se produz quando os lactentes estão no seu berço. Estatisticamente, portanto, é mais seguro para o bebê dormir na cama com seus pais que dormirem sozinhos (Angel Alvarez – .primal.es).


Por tudo que expomos, queremos expressar nossa grande preocupação com a difusão do método proposto pelo neurólogo E. Estivill em seu livro Duérmete Niño ou na edição em português: NANA NENÊ (baseado por sua vez no método Ferber divulgado nos EUA), para fomentar e exercitar a tolerância dos pais ao choro de seus bebês; se trata de um condutismo especialmente radical e evidentemente nocivo, tendo em conta que o bebê está ainda em uma etapa de formação. Não é um método para tratar os transtornos do sono, como se apresenta, senão para submeter a vida humana em sua mais tenra idade. As gravíssimas conseqüências deste método, tem começado a aparecer.


Necessitamos de uma cultura e uma ciência para uma educação de nossos filhos que seja compatível com a natureza humana, porque não somos robôs, senão mamíferos que sentimos e sofremos quando nos falta o contato físico com aqueles que amamos. Para contribuir com este movimento, para que teu filho ou tua filha deixe de sofrer já, e se sentes mal quando escutas chorar o seu bebê, atenda-o, pegue-o em seus braços para entender o que ele está solicitando; possivelmente seja só isto o que ele queira e necessita, o contato com o seu corpo. Não o negues.


Quando um recém nascido aprende em um berçario que é inútil gritar... Está sofrendo sua primeira experiência de submissão e abandono.


Michel Odent





Fonte: http://www.maternidadeconsciente.com.br/artigos/nao-deixe-seu-bebe-chorando/

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Primeira infância saudável evita doenças crônicas na vida adulta

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Negligenciar primeiros anos de uma criança também pode causar deficiência neuronal
Garantir um bom desenvolvimento durante a primeira infância (0 a 6 anos, conforme definido pelo Ministério da Saúde – MS) diminui as chances de aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta. Colesterol, doenças cardíacas, obesidade, diabete tipo 2, hipertensão e osteoporose são exemplos de enfermidades que podem ser evitadas desde a gestação, conforme mostra um estudo do epidemiologista inglês David Barker, com conclusões mundialmente reconhecidas pela comunidade científica.“Há mais de 20 anos, o doutor Barker partiu da hipótese de que crianças que nasciam com baixo peso tinham mais infartos ou problemas do coração quando adultas. A partir daí, ele levantou outra hipótese que mostrava que algumas doenças crônicas de adultos tinham origem fetal”, explica o epidemiologista e coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança Nelson Arns Neumann. “Já se sabe que as crianças que têm algum tipo de sofrimento durante a gestação têm mais chance de desenvolver alguns tipos de doenças na vida adulta.”
Estímulos
Algumas atividades podem – e devem – ser amplamente difundidas entre as crianças para melhorar o desempenho cognitivo ao longo da vida. Confira:
• Contato com o chão: principalmente no primeiro ano de vida, os pais têm de deixar a criança no chão para que ela possa construir seu esquema corporal e desenvolver o campo psicomotor. É importante que ela tenha acesso a brinquedos com os quais possa observar a reação do objeto depois da ação dela, como uma bola.
• Jogo simbólico: até os seis anos de idade o jogo simbólico, ou a brincadeira do faz de conta, é uma das principais atividades da criança. Brincar de ser mamãe, super-herói, professor e outros personagens é um mecanismo que ela usa para aprender sobre o mundo e elaborar as dificuldades com as quais vai se deparar no futuro.
• Brincadeiras corporais: jogar bola, correr, subir, descer. Os pais não precisam ter medo de deixar os filhos livres para explorar o mundo. Machucar-se faz parte do crescimento. Atividades como essas ajudam as crianças a se expressarem com o corpo.
• Contar histórias: ler uma história para a criança é muito importante, pois desenvolve, dentre outras coisas, a imaginação.

Fonte: Maísa Pannuti, psicóloga especialista em educação e professora da Universidade Positivo.
Progressão do cérebro
No primeiro ano de vida, o cérebro de um bebê realiza aproximadamente 15 mil conexões entre seus neurônios. Aos seis anos, esse número sobe para a casa dos trilhões, o que revela um aumento imenso nas sinapses e, consequentemente, no desenvolvimento cerebral durante a infância, esclarece o pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatra Eduardo Vaz.
Conforme o neuropediatra do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor do departamento de Pediatria da mesma universidade Sérgio Antonio Antoniuk, é devido a essa alta do desenvolvimento cerebral durante a infância que a criança precisa ser estimulada para favorecer a aprendizagem. “Todas as crianças deveriam receber estimulação em casa e, se isso não for possível, é importante que ela frequente creches, com crianças da mesma idade. Ela precisa de estímulos visuais, auditivos, motores, porque não vai aprender tudo sozinha.”
Tamanhos médios do cérebro ao longo da vida
O máximo do desenvolvimento cerebral ocorre até os quatro anos de idade, esclarece Antoniuk. Veja como se dá progressão:
• Recém-nascido: 300 gramas 
• Um ano: 1 quilo 
• Quatro anos: 1,250 quilo 
• Adulto: 1,4 quilo

Fonte: Sérgio Antonio Antoniuk, neuropediatra do Hospital de Clínicas da UFPR e professor do departamento de Pediatria da mesma universidade.

Algumas justificativas para isso são velhas conhecidas: o uso de cigarros, drogas e álcool durante a gravidez, pressão alta e diabete desenvolvidos pela mãe nesse período. Outras são mais recentes, porém não menos prejudiciais, como a recusa insensata da gestante em engordar – o que deixa o bebê subnutrido –, a maternidade cada vez mais tardia e, principalmente, a antecipação do parto por causa da cesárea.
De acordo com o Minis­tério da Saúde, crianças que nascem duas semanas antes da data ideal têm 120 vezes mais chances de ter problemas respiratórios. Para Neumann, a antecipação do parto sem necessidade representa erro ou incompetência médica. “Existem casos em que você precisa fazer [o parto] antes, claro, mas em geral o médico vai acompanhando dia a dia, deixa o maior tempo possível dentro da barriga da mãe, porque, mesmo para a criança doente, a melhor UTI é dentro da barriga da mãe”, salienta.
Primeiros anos
Apesar de decisiva, a vida intrauterina não é a única que define o surgimento das doenças. Mesmo após o parto, durante os primeiros anos da criança, os pais precisam ficar atentos ao desenvolvimento dos filhos para evitar problemas futuros. Segundo o pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatra, Eduardo Vaz, negligenciar essa fase, além de contribuir para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis também pode causar deficiência neuronal. “Crianças com menos suporte têm a região do hipocampo [responsável, sobretudo, pelas funções relacionadas à memória] diminuído, e isso faz com que elas fiquem mais sujeitas a transtornos de depressão e ansiedade quando se tornarem adolescentes”, completa.
Apego, atenção e afetividade são essenciais
Contribuir para uma evolução saudável durante a primeira infância requer mais do que manter rotinas de cuidados com a saúde. Para o professor do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em desenvolvimento infantil Mauro Luís Vieira, apego, atenção e afetividade são essenciais. “A criança precisa da vinculação, e nada vai substituir a atenção dos pais. Como a maioria dos pais e mães trabalha fora, os poucos momentos que passam com a criança têm de ser intensivos, para que haja afetividade”, explica.
Além disso, o período inicial da vida molda o comportamento da criança. É nessa época que os pais precisam encarar a responsabilidade de impor limites. Segundo Vieira, esse é um grande problema da família atual, uma vez que vários pais e mães não têm ideia das consequências que pode causar a falta do “pulso firme” e não sabem como lidar com a situação adequadamente.
Medo
De acordo com o pediatra do Hospital Pequeno Príncipe Cícero Kluppel, a falta de imposição, que pode ser nociva para o desenvolvimento dos filhos, acontece muitas vezes porque a família tem medo de reprimir a criança. “Saímos de uma fase em que o limite era extremo e fomos para uma geração em que se permite tudo. Essa geração não está conseguindo colocar limites por medo de estar passando da conta”, explica.
No entanto, o pediatra ressalta que o limite não deve ser desconsiderado quando o assunto é comportamento, pois tal atitude traz segurança para a própria criança. “Quando há rotina, que é um tipo de limite, o filho passa a se sentir seguro porque sabe o que vai acontecer. Sem rotina, a criança vai criar mecanismos para chamar a atenção, vai agir com birra exacerbada.”
01/10/2012 | 00:11 | ANGIELI MAROS, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO