quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Comunicação Pré-natal



Pode-se utilizar a energia e os elementos da música como 
recurso de qualidade na relação gestante/feto, família/futuro
 bebê.O feto é sensível a essa comunicação e sua memória
 já está sendo alimentada.

“O inconsciente por nascer banha-se no sonoro.” 
(Pierre Paul Lacas)

Nesta página veremos como podemos utilizar a VOZ para
estabelecer a comunicação pré-natal. Para nos 
comunicarmos com o bebê em gestação.
As três maneiras que fazem parte do método de 
musicoterapia para gestantes Bebê do Futuro são: falando, 
contando histórias e  cantando.
Falar com o bebê em gestação, expressando seus sentimentos, seus projetos e o 
que quiser. Uma conversa que pode parecer unilateral, mas que estará imprimindo
 na memória do bebê as características particulares da sua voz. O pai pode 
encontrar aqui um momento especial para participar da gestação. Quando o
 bebê nascer, ainda no centro obstétrico, não deixe de falar com ele. Ele 
reconhecerá a sua voz.
Como explicado na página Audição do Feto, o bebê, durante a gestação, não 
consegue escutar claramente as palavras articuladas, mas já percebe o timbre, 
a entoação e a frequência de cada voz. Depois do nascimento ouvirá as palavras e 
aprenderá o idioma. 
As vozes que ouviu na fase intra uterina terão especial significado para ele.
Contar histórias é outra atividade muito interessante. Quando contamos uma história
 infantil (aquelas dos livros com muitas figuras e poucas palavras, por exemplo)
 empregamos uma entoação diferenciada em nossa voz. Falamos mais ou menos da 
mesma forma com que falaremos com o bebê quando ele estiver em nosso colo, 
aqui, ao ar livre. Contem com regularidade as histórias durante a gestação; convidem 
os familiares para participar dessa atividade.
Depois do nascimento, quando o bebê estiver sugando o peito, na preciosa atividade
 da amamentação, contem as mesmas histórias e observem: ele demonstra atenção
 especial. Suga com maior intensidade e fica mais tempo mamando; se nutre mais.
 Reconhece a história mesmo não tendo ouvido-a nas palavras articuladas, mas 
reconhece a sequência sonora, as inflexões de voz que fazemos quando 
contamos  uma história infantil, interpretando-a.
Mas é quando cantamos que imprimimos uma energia especial na vibração da voz.
 A amplitude da frequência é maior. Coloque uma das mãos na garganta e fale 
alguma coisa, conte um trecho de uma história e cante uma melodia e observe 
atentamente: o que você sente em sua mão? A resposta mais frequente que ouço
 quando levanto esse questionamento é Vibração.
Deduz-se daí que o feto ouve especialmente a voz cantada. E é aqui que reside 
a principal atividade do método Bebê do Futuro: cantar para o feto.
“A música é uma linguagem que trata de sons e de silêncios e sua organização 
no tempo [...] embora consista em pura ciência e matemática, opera no indivíduo 
em uma dimensão mais espiritualizada, abstrata, mágica, representando o mundo 
sensível e emocional do indivíduo.” (Rosy Greca-2011)
E a música tem o poder de transmitir precocemente ao bebê, desde a gestação, 
nossas boas intenções e nosso amor incondicional. Além de estar potencializando
 o som da sua voz na memória do feto, a música proporciona momentos de especial 
interação afetiva entre pais e filhos. As músicas que forem cantadas ou 
cantaroladas durante a gestação, com regularidade, significarão um referencial de
 conforto para o bebê.
O feto ouve especialmente a voz cantada, reafirmo.
Mas é você que escolhe o que cantar. O repertório fica a seu critério, Inclusive 
adaptar as letras como bem entender. Ou até cantar somente lá lá lá ou nã nã nã, 
ou com a boca fechada hum hum hum.
No CD Bebê do Futuro encontra-se um repertório especial para essa atividade. 
Os arranjos instrumentais foram elaborados criteriosamente para estimular a 
gestante, o pai e os familiares a cantar durante a gestação e para, com isso,
 representar uma rica experiência sobre o mundo dos sons e o universo da música
 para o bebê.
“A canção de ninar – com sua linha melódica harmoniosa e doce – traz para a 
criança a segurança que ela gozava no calor do ventre materno aliada ao
 relaxamento das defesas e do amplexo materno, induzindo uma calma e 
serenidade que não se encontra em qualquer outro ambiente. Isto leva a um 
progressivo embotamento da vigília que é seguido por um sono profundo e
 reparador. O regaço materno e a canção de ninar são, talvez, uma amostra
 do céu como o concebemos.” (Mauricy Alves da Motta – médico, doutor em 
biofísica – 2009)

O artigo a seguir, publicado em 2010, apresenta uma pesquisa muito 
interessante sobre o complexo som-ser humano, desde o nascimento:


Recém-nascidos têm sensibilidade musical
Um estudo da Universidade Vita-Salute del San Raffaele, em  Milão, 
verificou que os recém-nascidos são sensíveis  às notas musicais e que têm
 capacidade para reconhecer as dissonâncias e mudanças de tom das 
melodias logo nos primeiros dias de vida.Os autores desta investigação, 
cujos resultados foram publicados na revista científica 
Proceedings of the National Academy of Sciences, recorreram a 18 recém-nascidos,
 a quem apresentaram três excertos de músicas com a duração de 21 segundos.
 O primeiro era uma melodia tocada em piano, o segundo era semelhante, mas
 com algumas notas num tom mais alto. Já o último excerto era totalmente dissonante.
De acordo com os investigadores, este estudo poderá ser importante na medida
 em que contribuiu para determinar se a percepção da música é inata ou resultado do 
ambiente em que um bebê vive.
Enquanto ouviam as melodias, os bebês foram submetidos a ressonâncias 
magnéticas que permitiram verificar quais as partes do cérebro que eram 
ativadas durante o processamento das informações recebidas pela música. 
Os investigadores constataram assim que em todos os casos, o hemisfério direito do
 cérebro foi ativado, nomeadamente as mesmas zonas que são activadas durante a 
apresentação de excertos musicais de músicas para adultos. Já quando ouviram 
as músicas alteradas, a activação do hemisfério direito foi mais fraca, em prol de uma 
zona do hemisfério esquerdo que foi ativada.
“Esses resultados mostram que o cérebro dos recém-nascidos apresenta capacidades 
de percepção da música desde as primeiras horas após o nascimento”, consideram 
os investigadores, acrescentando que “além disso, eles já estão aptos a reconhecer as
 dissonâncias e as mudanças de tom”.

Fonte: Ciência Hoje
http://primeirainfancia.org.br/?p=7603

Ver também: Haptonomia:
http://rosangeleprado.blogspot.com/2010_09_01_archive.html

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Maternidade consciente



"Vossos filhos não são vossos filhos. 
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. 

Vêm através de vós, mas não de vós. 
E embora vivam convosco, não vos pertencem. 
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, 
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."


Khalil Gibran