terça-feira, 31 de maio de 2011

Grupo Vínculo: Encontro de Junho

Super recomendável!!! Além de ser um encontro muito agradável, as informações estão à serviço da Humanização do parto e nascimento.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dicas de sono para bebês novinhos (por Janet Balaskas)


No início, a perturbação do padrão de sono normal dos pais pela chegada do bebê pode ser a parte mais difícil de ser um novo pai e mãe.
Isso é ainda mais verdadeiro se você também tiver outro filho de 1 ano e meio-3 anos que ainda acorda à noite, ou se levanta muito cedo pela manhã. Contudo, com o tempo você acaba se acostumando a acordar à noite e meios efetivos de se maximizar o sono podem ser encontrados.
“Como os bebês devem dormir” é atualmente um tema controverso na nossa sociedade e você provavelmente vai encontrar conselhos contraditórios de especialistas, o que pode ser bastante confuso para você e o seu bebê.
Dormir é como nós descansamos. Não precisa se tornar uma “batalha do sono” com o seu bebê, na qual os padrões de sono instintivos dele se conflitam com as suas expectativas ou os conselhos dos especialistas.
Os padrões de sono dos bebês mudam à medida  que eles se desenvolvem. Embora o sono infantil siga um padrão geral, há variações nesse padrão, que dependem do temperamento e fisiologia de cada bebê.
Alguns bebês são naturalmente mais “acordadores” que outros, desde o início. Muitos bebês com padrões de acordadas noturnas normais, mas frequentes, acabam rotulados como tendo um problema de sono ou sendo “difíceis à noite”
Alguns pais têm expectativas não realistas sobre seu bebê e podem lutar por meses, tentando fazer com que seu filho tenha um padrão de sono que não se adequa à sua fisiologia.
É importante não vincular rótulos de “bom” ou “mau” para os padrões naturais de sono do seu bebê e tentar achar uma forma de parentagem que leve esses padrões em consideração e também funcione para você.
Há várias opções  que você pode levar em conta para alcançar uma harmonia noturna. Ambos pais devem se sentir bem com a forma de dormir e abertos a fazerem modificações, se o plano inicial não funcionar.
Passem mais tempo ouvindo um ao outro e dividindo seus sentimentos, dúvidas e pontos de vista no assunto. Se vocês têm idéias diferentes, tentem alcançar um acordo sobre a abordagem que os deixa mais confortáveis, e estejam prontos a continuar conversando e revendo sua decisão juntos, à medida que os padrões e ritmos individuais do bebê emergem e se alteram.
No que se refere ao sono do bebê, há duas abordagens principais. Por um lado, a  abordagem do  “attachment parenting” se propõe a trabalhar em harmonia com os padrões biológicos do bebê, com suas necessidades de desenvolvimento e emocionais, à noite, assim como de dia.
Isso envolve ficar perto do bebê à noite e é chamado cama compartilhada (“co-sleeping”). É baseado em precedentes históricos e evolucionais, em que bebês do mundo todo têm dormido junto com suas mães, dividido seu ambiente físico e calor humano, amamentando espontaneamente durante a noite.
Quando isso funciona bem, miraculosamente o ritmo de sono da mãe se ajusta ao do bebê, tornando as mamadas noturnas muito menos cansativas.
As tendências  atuais  de parentagem são mais centradas no adulto, criadas para treinar bebês a acomodarem seus padrões de sono para se adequarem às demandas da vida adulta.
Nos dias atuais, muitas pessoas têm um estilo de vida pressionado pelo tempo, de movimento rápido e orientado pela carreira, que requer sono ininterrupto à noite. Essas pessoas podem, portanto, ser atraídas por um método de “treinamento de sono” que prometa que seu filho pode ser ensinado a dormir sozinho desde cedo. Pode ser dito que nossa sociedade é obcecada com fazer os bebês “dormirem a noite toda” o mais cedo possível.
Geralmente, isso vai contra a fisiologia do bebê. O treinamento de sono pode ser conveniente para os adultos envolvidos, mas há algumas objeções fortes que você pode querer considerar antes de ir por esse caminho.
Há também em uso soluções de “attachment parenting” para pais ocupados, que podem minimizar o impacto da separação temporária de seu filho.
Uma razão importante porque bebês acordam é para serem alimentados. Bebês são acostumados a se alimentar continuamente o dia todo no útero.
Aprender a comer apenas durante o dia é um processo lento que ocorre quando o bebê está fisiologicamente pronto, assim como aprender a sentar e engatinhar.
O leite materno é digerido rapidamente e os bebês tendem a se alimentar periodicamete durante a noite, assim como durante o dia, por pelo menos alguns meses. O estômago deles é muito pequeno para segurar um suprimento que dure a noite toda.
Para alguns bebês isso pode continuar por um ano ou mais. A prolactina, o hormônio que produz leite, é produzido em maior quantidade durante a noite, quando a mãe está descansando. A mamada noturna estimula a secreção da prolactina. Há um risco para o suprimento de leite da mãe, se a amamentação noturna é eliminada e o nível de prolactina cair.
Bebês alimentados com mamadeira podem aguentar até 4 horas entre mamadas, porque o a fórmula de leite de vaca demora mais para ser digerida que o leite materno, mas ainda assim esses bebês precisam ser alimentados durante a noite quando acordam.
Um bebê alimentado menos do que deveria pode aparentar estar bem, mas seu desenvolvimento não vai ser ótimo. Há também uma pequena percentagem de bebês pequenos que, quando negados a mamada noturna, podem sofrer desidratação e precisar de cuidados especiais em hospital.
Eu recomendo fortemente a cama compartilhada no inicio (“co-sleeping”). Isso quer dizer, em suma, dormir no mesmo quarto que o seu bebê, por um mínimo de seis meses e possivelmente por um ano ou mais.
Isso pode ser feito se dividindo a cama com o bebê, dormindo com ele numa distância em que possa ser tocado, ou colocando-o num berço ou bassinete no seu quarto, ou uma combinação flexível dessas opções.
Quando seu bebê tiver seis meses é uma boa época para rever seu arranjo de sono e ver se você quer introduzir alguma mudança.
O cerne da abordagem da cama compartilhada, essencialmente, não é sobre onde o seu bebê dorme, mas sim [b]aceitar e respeitar [/b] o fato de que seu bebê tem necessidades à noite, assim como ele tem durante o dia. Essa abordagem envolve a disposição e comprometimento para responder ao seu bebê à noite, assim como você faz em qualquer outra hora.
Minha confiança nessa abordagem vem das minhas próprias experiências bem sucedidas de cama compartilhada com meus quatro filhos e as observações que eu tenho feito ao longo dos anos, de como a CC funciona bem em várias outras famílias.
Qualquer que seja o estilo de dormir que você escolha, nenhuma abordagem é infalível e nada funciona para todo mundo. É essencial escolher o que funciona melhor para a sua família, para o seu bebê, não importando  que outras pessoas façam ou recomendem. Seu tempo de sono é intimo, privado e pessoal e realmente não diz repeito a ninguém mais além de você.
Quando decidir sobre seu arranjo de sono, você precisa ser consistente, mas não impor regras tão rígidas que não possam ser flexibilizadas ou revistas se não estiverem funcionando.
Você pode perfeitamente precisar improvisar, se seu bebê está ganhando dentes, está passando por um pico de crescimento, está doente e acordando mais, se você está excepcionalmente cansado, ou se sua agenda regular foi perturbada por uma viagem ou feriado.
Não há “certos” ou um único jeito de fazer qualquer coisa como mãe e pai. O que é um problema para uma família, pode ser a solução para outra. O objetivo é achar os arranjos para a sua família, que respeitem as necessidades do seu bebê, maximizem o sono e criem harmonia à noite.

Texto encontrado por Andréia Mortensen e traduzido por Daniela Westfahl

terça-feira, 24 de maio de 2011

Como você se torna mãe

Tudo começa a ser aprendido já na gravidez e segue com aulas intensivas, 24 horas por dia, para o resto da vida depois que seu filho nasce

Texto Cíntia Marcucci. Reportagem Ana Paula Pontes e Simone Tinti. Fotos Gustavo Lacerda
Gustavo Lacerda
Final da quarta temporada deSex and the City. Na penúltima cena, Carrie chega ao hospital para visitar Miranda, que acabara de dar à luz. Na maternidade, ela segura o bebê e sua voz diz ao fundo. “E assim a vida chega e as coisas começam a mudar”. Então ela devolve o bebê Brady aos braços da mãe, que fala: “É esquisito. É como se, de repente, tivessem colocado uma girafa nesse quarto”.
A frase traduz o sentimento de Miranda. Ela acaba de ser contratada oficialmente para um cargo que não faz ideia de como exercer, o de mãe. Mesmo assim, sente que aquilo é muito grande, muito importante e vai ocupar um espaço tremendo da sua vida. Como uma girafa que mal cabe dentro de um ambiente fechado.
Por mais esperado que seja um bebê, é quase certeza que você e toda mãe se pegaram – ou se pegarão – pensando como Miranda: “E o que eu faço agora?” Ao longo do resto da vida essa mesma pergunta se repetirá milhares de vezes, nem sempre com resposta. O questionamento faz parte da maternidade, uma coisa tão dinâmica quanto viver em si, que muda constantemente e com a qual você aprende a lidar dia após dia.
Não é à toa que o tema fascina e intriga um monte de cientistas, que pesquisam as mulheres e seus filhos para tentar entender – e explicar – como elas se tornam mães. E motiva um outro tanto de mães que tentam entender a si próprias e compartilham suas ideias em inúmeros livros, blogs e afins. O grupo da ciência descobriu recentemente que o nosso próprio corpo é o primeiro a dar uma força para que as mulheres consigam lidar com as novas tarefas da maternidade. Ainda que você não tenha “sintomas”, o seu cérebro (pasme!) cresce logo depois que o bebê nasce. Nada a ver com tamanho. O que ocorre é um aumento nas ramificações dos neurônios que agiliza o processamento das informações.
Isso quer dizer que, cada vez que você se preocupa com o bem-estar do seu filho (como na hora do banho), essas novas conexões do seu cérebro se fortalecem. Quem conseguiu traduzir essa transformação cerebral foi um grupo de pesquisadores norte-americanos do National Institute of Mental Health, liderados pela neurocientista Pilyoung Kim, mãe de um bebê de 5 meses e meio e, por isso, conhecedora dessa ciência na prática. Eles compararam os cérebros de 19 mulheres no período de até quatro meses depois do parto e registraram alterações em áreas ligadas à motivação, estímulos sensoriais e raciocínio – e tudo ocorre por causa de hormônios, como a ocitocina, a prolactina e o estrógeno. “Para mim foi interessante, pois descobri o que acontecia comigo mesma, quando deixava de fazer minhas coisas para cuidar do meu filho”, disse Pilyoung à CRESCER.
O QUE VOCÊ GANHA COM A MATERNIDADE 
- Passa a apresentar mais empatia pelo próximo, por ter mais facilidade em se colocar no lugar do outro do que antes. Assim, pode ficar mais preparada para lidar e gerir pessoas em outras situações.

- Todos os dias seu filho a coloca em situações inusitadas. Além de aprender a lidar com imprevistos, você passa a perceber que há coisas que fogem de seu controle. Até a capacidade de adaptação ganha com isso.

- Você vai se tornar multitarefa. Portanto, aproveite sua habilidade em fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas tome cuidado para não se sobrecarregar e ficar com a sensação de não ter feito nada direito.

Gustavo Lacerda
Instinto materno? Se, por um lado, saber que seu cérebro muda concretamente é curioso e fascinante, claro que não é só de mais sinapses (a comunicação entre os neurônios) que se faz uma mãe. O lado psicológico também se modifica bastante durante a gravidez e os primeiros meses após o parto em prol da maternidade. “A mulher tem uma regressão psicológica para se sentir novamente um pouco bebê, lembrar de experiências, identificar-se com o novo ser. Por isso ela fica mais carente, sensível e insegura”, explica a psicóloga Carmen de Alcântara Oliveira.
A sociedade e a cultura encarregam-se de sua parte: a menina aprende desde cedo a cuidar do outro. Brincar de casinha, como explica a psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci (SP), é um exercício imaginativo da criança, um “treino” para o futuro. “Ela repete com a boneca os exemplos que vê em casa. Durante a brincadeira, reverte a perspectiva, ou seja, não é a filha que tem que obedecer, mas quem dá as regras”, diz. Sem perceber, a menina já adquiriu parte do conhecimento da maternidade. A essa altura você já deve estar se perguntando sobre onde entra, então, o instinto materno.
Bem, essa coisa de instinto é polêmica. Mesmo aparecendo no discurso de dez entre dez mães, esse “sentimento” já mobilizou a dedicação de diferentes especialistas, de antropólogos a filósofos, como a francesa Simone de Beauvoir, que há mais de 30 anos questionou o instinto materno. Seguidora de suas ideias, a socióloga francesa Elisabeth Badinter procurou respostas sobre o tema ao escrever Um Amor Conquistado – O Mito do Amor Materno (Ed. Nova Fronteira). Para ela, a figura da mãe é construída na convivência com o bebê. Para outros especialistas, como a antropóloga Mirian Goldenberg (RJ), não é que ele inexista: “Ocorre que questões culturais costumam ser mais determinantes e podem, por vezes, anular o que seria instintivo. Na China, por exemplo, algumas mães cuidam melhor dos filhos homens porque eles são mais importantes para o sustento da família”.
Isso não quer dizer que você tenha só que seguir a razão, o senso comum ou mesmo as estatísticas, e ignorar o que sente. Rosimeire Rossi, 46 anos, mãe de Maria Fernanda, 21, percebeu um carocinho na cabeça da filha quando a menina tinha 8 anos. Achou que algo estava errado, mas não era o que os médicos diziam. Só depois do oitavo especialista conseguiu com que o caroço fosse retirado e analisado. “Minha família achava que eu estava neurótica, ou que não tinha o que fazer por ficar procurando alguma coisa.” Dez dias após a cirurgia, ela levou a filha para tirar os pontos e descobriu que o tal carocinho era um tumor maligno, um tipo de câncer raro e muito agressivo. Hoje, Maria Fernanda está curada.
Mas será que isso tem mesmo a ver com o instinto ou essa ligação toda de Rosimeire com a filha teria sido construída ao longo de todo o tempo – oito anos mais nove meses na barriga – que já haviam passado juntas? E que isso poderia ocorrer também com uma mãe adotiva, um pai, duas amigas muito ligadas ou pessoas que se amam e se conhecem há muito tempo? Para muitos especialistas, o nome desse sentimento, que não é exclusivo entre mãe e filho, é intuição. “É um tipo de conhecimento como qualquer outro. Ele tem fundo afetivo, vem em decorrência do instinto, do inconsciente e não tem nada de sobrenatural”, afirma a psicóloga Virgínia Marchini (SP), especialista no tema que ministra cursos e palestras para que até empresas saibam usar a intuição no ambiente de trabalho. Esse conhecimento, sabemos, a mãe adquire com a convivência, criando vínculos, participando da vida do filho, prestando atenção em como ele é.
Independentemente do nome que se dê para esse sentimento, as mães têm liberdade absoluta para o usarem com seus filhos. Para isso, de acordo com Virgínia, é preciso que a mulher conheça a si mesma, aprenda a se ouvir. Assim, ela vai saber discernir o que é intuição do que é medo e do que é desejo.
SEU CÉREBRO EM TRANSFORMAÇÃO 
Quando o bebê nasce, a cabeça da mulher também muda. O cérebro passa por transformações iniciadas pelas liberações de hormônios no parto e na amamentação. As áreas ligadas à motivação, aos estímulos sensoriais e ao raciocínio ficam mais ativas, ajudando nas tarefas do dia a dia.

Sempre na mira
Conhecer-se é importante também para não ficar perdida no meio de tantas opiniões e conselhos. Quando você se torna mãe, acaba tendo não só a si própria, mas o resto do mundo prestando atenção no que faz. Como se você entrasse numa espécie de GPS alheio. “Eu me sinto julgada o tempo todo. Esses dias, fui a um festival de jazz com meu filho e meu marido. Quando começou a escurecer fui embora e tive de ouvir duas moças que eu nem conhecia me chamarem de irresponsável por levar uma criança lá. Só por que tenho filho e tem um festival à tarde, eu não posso ir?”, conta Andréia de Oliveira Brevitali, mãe de Luigi, 2 anos.
Seja qual for a situação, você não sabendo o que fazer, ou, como Andréia, já tendo tomado uma decisão, vai haver sempre quem pense diferente e expresse seus palpites. Sua mãe diz uma coisa, sua sogra, outra, seu pediatra não concorda com nenhuma das duas. Amigas, parentes e até quem você nunca viu tem alguma “dica” sobre a educação, a saúde e tudo que envolva crianças, mesmo se não tiver filhos. E fale a verdade: você pode até não verbalizar, mas também está sempre avaliando outras mães.
Em um trecho do bem-humorado livro Eu Era uma Ótima Mãe até Ter Filhos (Ed. Sextante), as norte-americanas Trisha Ashworth e Amy Nobile reproduzem um depoimento sincero de uma das mais de 100 mães que entrevistaram. “Uma das minhas amigas voltou a trabalhar logo depois de ter bebê. Pensei: ‘Ela poderia ter pelo menos aproveitado a licença-maternidade, é uma péssima mãe’. Eu a recriminei mas, na verdade, estava era com inveja.”
Esse monte de atenções voltadas para você somadas às suas próprias – e muitas vezes exageradas – expectativas para ser perfeita e ao peso natural do cotidiano podem ter um certo efeito explosivo. O estouro vai certamente ocorrer por alguma bobeirinha e ninguém à sua volta vai entender, muito menos seu marido e seus filhos. Como isso é normal e mesmo compreensível, o melhor a fazer é não esquentar demais a cabeça. Peça desculpas se gritou com alguém e veja o que dá para fazer para liberar seu estresse de outra maneira, antes de explodir. Das páginas do livro de Trisha e Amy vêm uma história engraçada, que pode até virar uma dica. “Às vezes deixo o leite acabar de propósito para ir ao supermercado sozinha mais tarde. Dirijo devagar, abaixo as janelas do carro e curto um pouquinho a solidão.” Confesse: você também já teve vontade de fazer isso, não?
CONEXÃO REAL E CONSTANTE 
Seja por instinto, por intuição ou por conhecimento, os vínculos entre mãe e filho são mesmo dos mais fortes que podem existir. Essa ligação fica ainda mais concreta com o tempo e com o relacionamento entre os dois. E muda conforme vão surgindo os novos desafios da maternidade.
Gustavo Lacerda



















Gustavo LacerdaMulher-Maravilha
Você pode ser mãe em tempo integral, trabalhar fora, pode ter babá, deixar na creche, pode ter ajuda da sua mãe ou morar longe da família. Mas se vive no século atual, compartilha com todas as mulheres que têm filhos uma sensação constante de culpa. Por trabalhar mais do que acha que deveria, por se preocupar com coisas “menores” como ficar em forma, por não ter certeza se escolheu a melhor escola, por não gostar de cozinhar, por não poder viajar nas próximas férias, por ter parado de amamentar cedo ou por descobrir que sua filha adolescente tem o pé feio como o seu – por que foi o seu gene ruim que ficou e não o do pai, que tem os pés lindos?
Aí aparece na internet aquela famosa, linda, poucos meses depois do bebê nascer, que cuida do filho e ainda namora. E você se sente frustrada e culpada. A realidade é que essas mulheres têm ajuda de babás, mesmo que isso não seja noticiado. E a beleza é parte do trabalho delas, mas não do seu.
Dito isso, falta saber por que a culpa não deixa você em paz. De acordo com a antropóloga Mirian, isso apareceu no meio do século passado, quando os modelos de maternidade começaram a ser questionados e a relação entre filhos e pais mudou. “Antes a convivência se baseava na autoridade paterna e materna e no efeito imediato das coisas. Com a evolução da psicologia e da psicanálise, passou-se a avaliar o quanto cada ação poderia refletir para o resto a vida de uma criança. Isso é bom por gerar muito mais reflexão, mas traz junto a culpa.”
Ana Priscila de Oliveira, mãe de Lara, 3 anos, mora longe da mãe e da sogra e lembra como se sentiu em uma das primeiras noites em casa com sua filha, culpada por não conseguir resolver um problema do dia a dia: “Uma noite ela chorou tanto de cólica eu não sabia mais o que fazer. Então meu marido acordou e pegou ela do meu colo. Eu nunca vi algo mais extraordinário, ela parou de chorar instantaneamente e dormiu. Em seguida deitei na cama e chorei o resto da noite achando que ela não gostava de mim”.
Na visão da psicóloga Carmen a culpa materna é fruto da sociedade ocidental e da cobrança da mulher em ser perfeita. “Não adianta a mãe estar em casa com a cabeça em outro lugar. É preciso ter paciência com seus erros, eles fazem parte do aprendizado, e os filhos vão aprender a lidar com isso e com as frustrações.” Ela também lembra que há a tendência da mulher achar que só ela sabe fazer determinada tarefa e, assim, não permitir que o marido conviva, ajude de verdade. Isso acontece na sua casa? Pare, reflita e, se for o caso, tente mudar esse comportamento. A família toda, começando por você, vai agradecer.
Donald Winnicott, o mesmo psicanalista e pediatra inglês que, em 1956, definiu o termo “preocupação materna primária” (um período de intensa sensibilidade que permite à mãe identificar a hora certa de dar de mamar, o significado daquele choro e o jeito do bebê se expressar), coloca que a mãe suficientemente boa é aquela que pode garantir alimento, afeto e tranquilidade ao filho. Já a mãe perfeita... isso nem Winnicott nem nenhum outro especialista descreveu, mas deve ser porque ela não existe. E porque cada mãe cresce e se transforma a cada dia, junto com seus filhos. E eles podem ter 30 anos, mas você continuará sempre aprendendo a ser a mãe deles.
De volta ao episódio de Sex and the City, última cena. Após sair da maternidade, Carrie anda pelas ruas de Nova York com seus pensamentos. “Talvez nossos erros sejam o que faz nosso destino. Sem eles, como construiríamos nossas vidas? Se nós nunca saíssemos da linha, nunca teríamos filhos, ou nos apaixonaríamos, ou seríamos quem somos.” E Miranda, como todos que veem a série sabem, nunca tinha sonhado em ter filhos. Mas ela erra, se descabela, e se sai bem como mãe. Como a melhor mãe que ela pode ser para Brady. 
A CULPA É DE QUEM?
Na cabeça da mulher que é mãe, não há dúvidas: em se tratando dos filhos, a culpa é sempre dela mesma. Esse sentimento está relacionado à cobrança que as próprias mulheres se impõem de ser perfeitas e de não querer que as crianças sofram nunca. Para os filhos, porém, a frustração também faz parte do aprendizado.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pesquisa mostra relação entre baixos níveis de ocitocina e depressão pós-parto

                                                                                                                                                                                                                   
RIO - A ocitocina, substância liberada durante o sexo e a amamentação, pode ser a chave para prevenir a depressão pós-parto. De acordo com pesquisadores suíços, mulheres com baixos níveis deste hormônio durante a gravidez são mais propensas a se sentirem deprimidas depois do nascimento do bebê.
A descoberta vem acompanhada da possibilidade de se desenvolver um remédio baseado na substância. Os níveis de ocitocina seriam medidos em mulheres durante a gestação e, naquelas em que ela estiver baixa, o remédio seria usado.
A depressão pós-parto afeta até 19% das mães. Além disso, filhos de mulheres afetadas pelo problema têm maior risco de desenvolver doenças psíquicas no futuro, portanto, qualquer meio de impedí-lo poderia ter grandes implicações. A ocitocina é produzida pelo cérebro durante o sexo, amamentação e o parto. Ela promove os sentimentos de confiança, amor e carinho.
De acordo com o estudo, mulheres com altos níveis de ocitocina consideram mais fácil a adaptação à maternidade. Os pesquisadores suíços analisaram se a escassez da substância química está ligada à depressão pós-parto. 74 mulheres grávidas saudáveis tiveram seus níveis hormonais medidos nos últimos dois e três meses de gestação. Elas também responderam a perguntas elaboradas para detectar os sintomas de depressão e foram entrevistadas de novo 15 após o parto.
A análise descobriu uma clara relação entre os baixos níveis de ocitocina na gravidez e os sintomas de depressão após o parto. Além disso, mulheres que se sentem tristes na gravidez se mostraram mais propensas a brigas após o parto, informa a revista "Neuropsicofarmacologia".
Gunther Meinlschmidt, da Universidade de Basel, na Suíça, disse ao "Daily Mail" que estudos futuros devem investigar se a indução à ocitocina na gravidez diminui os riscos de depressão pós-parto. Ele acrescentou que a identificação destas mulheres no começo da gravidez pode colaborar com intervenções preventivas iniciais e minimizar os efeitos adversos para o bem-estar de mães e filhos. Poderia, no entanto, haver efeitos colaterais do tratamento, já que a ocitocina é usada em hospitais para induzir o parto.
A depressão pós-parto é mais comum em mulheres com um histórico de depressão, nas quais falta apoio na gravidez e cujos bebês precisam de cuidados extras. Também é mais provável em mães de meninos do que de meninas. Pode durar mais de um anos nos casos mais graves, com sintomas variando de ataques de pânico a ideias de suicídio e de ferir o bebê.


Retirado de: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2011/05/12/pesquisa-mostra-relacao-entre-baixos-niveis-de-ocitocina-depressao-pos-parto-924445830.asp

Do Blog:

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Webconferência: "Cuidando de Bebês: dicas para pais, educadores e cuidadores" - 17 de maio de 2011


Quem não acompanhou a webconferência de ontem pode assisti-la na íntegra acessando o link abaixo.






Recém-nascidos aprendem enquanto dormem

Bebês recém-nascidos aprendem melhor quando estão dormindo, diz um pesquisador da Universidade da Flórida
getty images
Além de fofos quando dormindo, os bebês recém-nascidos também são mais espertos durante as horas de sono. A pesquisadora Dana Byrd, da Universidade da Flórida, desenvolveu um estudo que analisou bebês enquanto dormiam e descobriu um tipo de aprendizagem que não acontece com os adultos durante o sono. 

Nos testes feitos por Byrd, enquanto os recém-nascidos repousavam, foi tocado um som seguido de um sopro suave de ar nas pálpebras das crianças. Cerca de 20 minutos depois, 24 dos 26 bebês apertaram as pálpebras quando ouviram o som, sem o sopro de ar. Além de aprender a dar este reflexo em resposta ao som, também deram a resposta na hora certa. Esse movimento aprendido indica o funcionamento normal do cerebelo – estrutura neural na base do cérebro. O estudo é importante para futuras pesquisas que tentam identificar problemas no desenvolvimento neural do bebê, como o autismo e a dislexia. 

A capacidade de as crianças aprenderem durante o sono não é a mesma dos adultos. Os adultos apresentam um sono mais agitado em que frequências cardíaca e respiratória variam muito, dificultando a aprendizagem. Para a Dra. Byrd, outro fator que diferencia o padrão de sono de bebês e adultos é que os recém-nascidos têm mais plasticidade da estrutura neural e se adaptam mais a processos de aprendizagem.

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI141810-15041,00-RECEMNASCIDOS+APRENDEM+ENQUANTO+DORMEM.html




Afeto previne obesidade infantil

Estudo norte-americano revela que crianças com uma relação segura com os pais têm menos risco de serem obesas
ThinkStock
Sabe aquele colo que você dá ao seu filho quando ele chora sentido porque ficou com medo de alguma coisa? Você pode nem imaginar o bem que está fazendo não só para o emocional dele, como também para a saúde física. Um estudo, publicado noArchives of Pediatrics & Adolescent Medicine, sugere que crianças que não têm um relacionamento seguro com seus pais – em especial com as mães, têm mais risco de se tornarem obesas. 

Os pesquisadores das Universidades de Ohio e Temple, dos Estados Unidos, avaliaram a interação de mais de 6 mil crianças, aos 2 anos e 4 anos e meio, com seus pais e concluíram que aquelas que interagiam mais com eles (como procurar por um abraço) e eram confortadas em situações estressantes tinham risco de obesidade em torno de 16,6% contra 23,1% daquelas que não tinham uma relação segura. 

Segundo Sarah Anderson, professora da Universidade de Ohio e principal autora do estudo, a obesidade pode ser também uma manifestação de desregulação de áreas do cérebro que controlam as respostas ao estresse. Essas mesmas áreas, segundo ela, controlam o ciclo de sono/vigília, fome e sede, e uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação de hormônios. 

Para Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), a primeira forma de a criança entrar em contato com o mundo é pela boca – seja para receber alimentação, para chorar ou o prazer em conhecer objetos. É por isso que esse comportamento, de encontrar prazer por meio da boca, se estende depois na vida adulta. Quantas vezes quando estamos inseguros, carentes, desamparados, não procuramos conforto em um pedaço de chocolate? “Quando a criança busca e recebe conforto por meio do abraço, da sua atenção, do aconchego, você está oferecendo a ela mais uma opção – além de comer, o que vai ser sempre forte – para lidar com aquele momento”, diz Rita. E esse aprendizado - de saber que pode contar com você - ela vai carregar para o resto de sua vida, sem ter a comida como única forma de aliviar uma frustração. 

Agora, se você vive com medo da medida entre afeto e mimo, a especialista alerta. “Às vezes, ficamos tão preocupados em não mimar, como se dar atenção fosse um excesso, que corremos o risco de criar uma criança carente”, diz Rita. E tem horas que tudo o que seu filho quer é ficar no aconchego do seu colo, mesmo que não esteja com dor, fome ou medo.




Aprenda a lidar com o choro do bebê

Domine a angústia e preste atenção em todos os sinais da expressão do seu filho

Tatiana Gerasimenko, especial para o iG São Paulo | 24/03/2011 

Choro: observação e paciência são as chaves para lidar com o bebê
Dona Áurea teve sete filhos em uma época em que ter babá era para poucos. Além deles, ajudou a criar mais 20 netos e três bisnetos. A cada novo membro da família a pergunta se repetia: como reconhecer se o bebê chorava de fome, de cólica ou de frio? “Foi assim com as minhas noras e é assim com as minhas netas quando têm filhos: elas me ligam, perguntam o que fazer e se posso ouvir o choro da criança ao fundo”, conta. “Em geral, eu acerto o motivo”. 
Durante muitos meses, o choro é a única forma do bebê expressar como se sente: com sono? Com fome? Com frio? Com calor? Incomodado com a fralda suja? Como a fase dura um bom tempo, a mãe terá muitas chances de aprender a interpretar cada tipo de choro do bebê. “Não tem segredo, é só ouvir o instinto materno, ter um pouquinho de paciência e logo se ganha a experiência”, confirma Áurea Torres, mãe de sete e bisavó de três.
A prática da bisavó confirma a opinião dos especialistas: conhecimento e paciência formam a dupla necessária não só para entender a origem das lágrimas dos bebês, mas também para compreendê-las. “Cada criança é diferente da outra”, explica o puericulturista Celso Eduardo Olivier. “A mãe precisa aprender com a experiência”.
“Como cuido de muitas crianças diferentes, costumo analisar primeiramente três coisas básicas: se é hora de mamar, se ele está sujo ou com cólicas”, relata Rosa Maria das Neves, que trabalha em um berçário há 20 anos. Segundo ela, raras vezes o motivo foge dessa lista. Mas acontece.
É manha?
A “manha” começa perto de um ano, quando a criança percebe que pode manipular a situação. “Antes disso, mesmo quando ela só quer colo, considero mais uma insegurança, não manha”, explica Rosa.
Uma das grandes preocupações de toda mãe é evitar que a criança aprenda a usar o choro para impor sua vontade. Quando é necessário deixar a criança chorar e quando se deve atendê-la? A resposta, de acordo com os especialistas, é simples. “Quando a criança é muito pequena, não pode se sentir desamparada. Ela se sente assim quando chora e não é atendida”, afirma Claudia Batista, psicóloga especializada em família.
Conforme a criança se desenvolve, a tempestade vai passando. “A criança aprende que a situação incômoda vai ser resolvida e não há necessidade de chorar ainda mais”, explica a neonatologista Celia Giovanni, do Hospital Santa Joana, de São Paulo. “Quando cresce, fica menos chorosa”.



De primeira viagem

Entre mães de primeira viagem, o choro do bebê costuma causar mais angústia. Para aliviar a aflição, as netas de Áurea buscam a sabedoria da avó – principalmente nos primeiros dias do bebê em casa. Mas não existe uma fórmula. “Tem de prestar atenção e, em questão de dias, você já sabe mais ou menos do que seu filho precisa”, afirma ela.
A angústia da mãe é considerada natural, se não for em demasia. Mas ela precisa aprender a dominar este sentimento. “Se não for controlada, a angústia pode prejudicar a relação entre mãe e filho”, ressalta o puericulturista Olivier. Claudia concorda: “Quando a mãe coloca o bebê no berço e ele não quer ficar lá, ele chora. A mãe vai ficar um pouco aflita no início, mas em alguns dias o sentimento passa – e a choradeira também”.
Sinais de alerta
O choro pode ser um bom termômetro para avaliar a saúde da criança. “É preciso observar o conforto, o bem-estar. Se o choro é consolável, ele é natural, inerente a uma situação. No entanto, se a criança não está suja, nem com fome, nem com cólica, é preciso ficar atenta à sua temperatura ou a sua pele”, explica a neonatologista Celia. Para qualquer alteração nesse sentido, o melhor é ligar para o pediatra ou levar para um exame.
Apesar de a reclamação mais comum ser relacionada ao choro em excesso, a falta de lágrimas também pode incomodar muitas mães. Natália Viandre é mãe de Vinicius, hoje com seis anos. O menino, no primeiro ano de vida, chorou apenas quando tomou vacina. “Eu estranhava muito, porque ele quase não chorava. Quando estava com fome, ele resmungava um pouquinho, baixinho. Cheguei a ficar preocupada”, relata.
A falta do choro pode mesmo ser um problema. “Quando a criança não se manifesta dessa forma, é preciso ficar atento a outros aspectos clínicos: se ela mama bem, se é ativa, se abre os olhos para olhar as coisas ao redor e se segura a mão da mãe”, recomenda Celia.

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A importância da interação entre mãe e bebê

Estímulos maternos no primeiro ano de vida garantem um desenvolvimento melhor ao longo da infância e da adolescência.
Fernando Martinho
Você já parou para pensar no quanto seu filho aprende no primeiro ano de vida? E no quanto o papel da mãe é fundamental nessa etapa? Isso é o que revela uma pesquisa realizada no Canadá, conduzida conjuntamente pelas universidades de Montreal e de Minnesota (EUA).
O resultado do estudo, que contou com cerca de 80 mães e seus bebês de um ano de idade, apontou que a interação com a mãe no primeiro ano de vida ajuda a criança a desenvolver melhor suas funções cognitivas, como a habilidade de controlar impulsos e de se lembrar de coisas. 

Mais do que isso, os pesquisadores descobriram que também a maneira com que a mãe brinca com a criança é importante para o seu crescimento. As habilidades cognitivas do bebse desenvolvem melhor, por exemplo, quando a mãe atende prontamente aos pedidos de ajuda de seu bebê, conversa sobre os gostos, pensamentos e memórias de seu filho durante uma brincadeira, ou encoraja que o pequeno organize boas estratégias para solucionar seus problemas. 

Outro estudo vai além e sugere que a maneira como as mães interagem com os bebês até 1 ano de idade interfere no comportamento da criança entre 4 e 13 anos. Cientistas da unividade de Chicago analisaram 1.800 crianças e avaliaram suas reações em vários tipos de atividades e os estímulos que recebiam da mãe. O resultado indicou que aquelas estimuladas no primeiro ano de vida apresentam baixo risco de ter problemas de comportamento, como bullying, mentiras, desobediência, entre outros. 

Há quem pense que a criança não aprende nada quando ainda não tem 1 ano de vida. “O enorme trabalho neurológico e químico que um bebê faz nos primeiros 12 meses não acontecerá dessa maneira em nenhuma outra fase de sua vida”, diz Rita Calegari, chefe do setor de Psicologia do Hospital São Camilo. 

Aquele bebê, que parece não interagir com os pais nos primeiros dias, logo começa a reconhecer as pessoas, a falar, andar e mexer em objetos. Todo o aprendizado nessa etapa se refletirá na sua forma de se relacionar com o mundo. E os cuidados maternos, cujos estímulos vão desde uma troca de fralda ou da amamentação, por exemplo, vão definir seus valores, caráter, nível de tolerância. 

“A mãe precisa suprir as necessidades da criança o suficiente e entender também que o exagero é tão nocivo quanto a falta de cuidado”, diz Rita. A psicóloga enfatiza que, atender aos desejos das crianças de maneira equilibrada, permite educá-las mais felizes, satisfeitas e menos ansiosas. Por outro lado, aquelas que sofrem violência física no dia-a-dia carregarão essa atitude como um valor. 

Esse carinho tem de estar presente também na pessoa que fica com a criança enquanto os pais estão trabalhando. “É preciso que, muito mais do que os cuidados básicos, como dar banho ou a papinha na hora certa, a criança seja estimulada mesmo longe dos olhos dos pais, seja com uma música, um brinquedo ou um banho de sol”, completa a especialista.


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