sábado, 29 de janeiro de 2011

Le Premier cri trailer

 Trailer do belíssimo documentário que retrata a gestação e o parto em diversas partes e culturas do mundo.
Retrato poético através de lindas imagens e músicas.



(link para sinopse, está em francês, mas pode ser razoavelmente traduzida)http://www.commeaucinema.com/pda/index.php?fiche=70587&p=42409

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Agência Senado - 17/11/2010 - Especialistas destacam necessidade do cuidado psicológico na primeira infância

17/11/2010 - 15h54
[Foto]


Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (17) pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Assuntos Sociais (CAS), especialistas destacaram a importância do atendimento psicológico durante a gestação e período neonatal. Na França, esse tipo de atendimento recebe apoio do Estado e as políticas públicas priorizam a o período perinatal (logo antes e logo depois do nascimento), bem como a adolescência, informou Bernard Golse, chefe do Serviço de Psiquiatria Infantil Hospital Necker-Enfants Malades, de Paris, na França.
Em sua avaliação, o desenvolvimento da saúde mental das crianças depende da preparação dos pais e das pessoas que cuidam do bebê. As funções a serem desenvolvidas pela criança no futuro, disse o especialista, começam a ser formadas início da vida do bebê. Portanto, o papel dos pais durante a gestação e primeira infância pode determinar a saúde mental do futuro adulto.
Também professor do Instituto de Psicologia da Universidade Paris, Sylvain
 Mossonier ressaltou que a primeira fase da vida repercutirá em todas as demais
etapas da vida do ser humano. Ele disse que o governo e os políticos franceses
 liberam recursos públicos para investimento na psicologia perinatal porque estão convencidos que o trabalho realizado nessa fase da vida tem melhor resultado
 para o futuro da pessoa.
- Ao falar da biografia de uma pessoa, deve-se incluir o período pré-natal, ressaltou Mossonier.
Antes da Segunda Guerra, observou Mossonier, a Psicologia e a Psiquiatria
 enfocavam o desenvolvimento dos adultos. No período pós-guerra, explicou,
começou a haver interesse pelas questões relacionadas à infância e adolescência
e só muito recentemente que os bebês receberam atenção dessa área da ciência.
Mossonier sugeriu, em sua apresentação, a realização de trabalho psicológico
pré-natal como forma complementar ao cuidado médico e a assistência social.
Ele se refere a esse cuidado como prevenção primária, já que atua na causa dos problemas antes mesmo de que apareçam. Há também, informou o pesquisador,
a prevenção secundária, quando há ação após o surgimento do problema, como,
 por exemplo, a gravidez na adolescência ou depressão pós-parto. Para ele,
a prevenção deve acontecer por meio de atividades permanentes e com a
integração entre os profissionais das diversas áreas envolvidas com o cuidado
ao bebê.
Toque
A professora emérita da Universidade de Wolverhampton, na Inglaterra, Elvidina
Nabuco Adamson-Macedo, destacou a importância do toque para o desenvolvimento
 do bebê, especialmente dos nascidos prematuramente. Ela apresentou o programa terapêutico de "nutrição sensorial", que contribui para o melhor desenvolvimento
 dos bebês.
O programa terapêutico TAC-TIC (Touching and Caressing - Tender in Caring), uma abordagem que enfatiza a nutrição sensorial por meio de carícia aplicada em
prematuros durante a hospitalização, disse Elvidina, mostrou melhor
desenvolvimento desses bebês. O sistema conta com a participação dos pais e
utiliza suavidade, leveza, ritmo, equilíbrio e continuidade como princípios,
explicou.
Ela disse que ainda há, em todo o mundo, muitas Unidades de Tratamento
Intensivo de recém-nascidos - as UTI's neonatais - com muito barulho e alta
luminosidade e ainda não permite o toque dos pais ao bebê. Em sua avaliação,
 o bebê prematuro teve interrompida a relação com a mãe e o toque contribui
 para ajudá-lo na recuperação.
Elvidina destacou o pouco investimento do estado brasileiro em pesquisa sobre
o tema e atendimento psicológico a essa primeira fase da vida. Ela ainda
observou que não há muitos psicólogos trabalhando na perinatalidade.
Audiência pública foi realizada dentro da programação da semana de
valorização da primeira infância e cultura da paz, organizada pelo Senado
Federal, que acontecerá até a próxima sexta-feira (19).
Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)













































quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

    
 Laços à primeira vista







A CONEXÃO QUÍMICA QUE A MÃE ESTABELECE COM O BEBÊ NA PRIMEIRA HORA DEPOIS DO NASCIMENTO MOSTRA COMO SERÁ O RELACIONAMENTO ENTRE ELES E AJUDA A DETERMINAR A FUTURA SAÚDE EMOCIONAL E FÍSICA DA CRIANÇa.


POR PATTY ONDERKO / TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO POR RAQUEL BEER, FILHA DE MARCIA E ANDRé
Imediatamente depois que os gêmeos de Patty Onderko, colunista da revista americana Parenting, nasceram via cesárea, quase três anos atrás, uma enfermeira colocou cada bebê de um lado da mãe, para tirar uma foto. Segundo ela, foi estranho ver os dois pequenos, presos a ferramentas e aparelhos médicos, mas os dois bebês estavam saudáveis, e ela e seu marido estavam felizes. 
>> Veja como o contato pele a pele pode ajudar na conexão entre mãe e bebê

Nos anos que se seguiram, ela diz sempre ter se perguntado para onde os bebês teriam ido depois que os segurara. “Eu sei que fiquei no centro cirúrgico por pelo menos uma hora, talvez mais. Depois eu comecei a desmaiar e acordar de exaustão, antes de acordar em um quarto de recuperação, onde eu me reuni aos pequenos”, conta Patty. “Para onde eles foram e o que fizeram nessa uma hora é um mistério para mim”.
>> O estresse pode fazer com que os genes do bebê se manifestem de um jeito diferente

Essa pequena falta, na maioria das vezes, passa batido pelas mães, como foi o caso da colunista. Elas só começam a se incomodar com ela quando descobrem o que é chamado de “hora de ouro pós-parto”, o melhor momento que mãe e bebê têm para formar uma ligação química intensa. Durante o nascimento, o corpo da mulher libera ocitocina, um hormônio que causa contrações uterinas e ajuda o bebê a sair. A ocitocina também é um hormônio de bem-estar, muito influente na criação de laços; ela é liberada durante o orgasmo e na amamentação. Depois que se dá à luz uma criança, mãe e bebê ficam sob influência do hormônio, criando um momento de “amor à primeira vista”. Além disso, os odores lançados por mãe e bebê durante o parto contam com feromônios (substâncias químicas) que atraem um para o outro, e até impulsionam o bebê ao seio da mãe, para que ele comece a mamar.

Especialistas dizem que os laços que mãe  e filho desenvolvem durante esse período não apenas estabelecem o “clima” do relacionamento, mas também ajudam a determinar o futuro emocional e a saúde física da criança com décadas de distância. A Academia Americana de Pediatras (AAP) encoraja as mães a maximizarem o contato de pele com pele nesses primeiros minutos da vida do pequeno.

Isso não significa que mães que foram separadas dos bebês estão amaldiçoadas ou qualquer coisa do gênero. O pediatra, editor colaborador da Parenting, pai do movimento de ligação familiar e autor de mais de 40 livros sobre a paternidade diz que “criar laços não é um tipo de cola instantânea”. Também não é um jogo. “Não é porque você não segurou seus filhos na hora depois do nascimento que o relacionamento de vocês está acabado”, defende. “Nunca é tarde para começar a se aproximar. Eu já vi pais que adotaram crianças de um ano: mesmo que demore um pouco mais para criar laços, acontece. Você sempre pode superar o tempo perdido”. O importante é o que vocês fazem nos momentos que passam juntos, seja logo após o nascimento ou depois.

"É a qualidade dos momentos que importa, não a quantidade", diz Dr. Chopra. Então não sinta como se você precisasse ficar sentada dia e noite, colada ao pequeno. Na verdade, ignorar suas próprias necessidades em favor do bebê não vai fazer nenhum bem. “Uma mãe precisa de tempo para recarregar as energias”, afirma a especialista. “De outro modo, ela não estará apta a dar ao bebê a atenção de qualidade que ele precisa”. Solicite apoio de seu parceiro, família e amigos para que você possa aproveitar essa intimidade com o seu bebê, em vez de ressenti-la.

Se você vai dar à luz, faça esforço para aproveitar esses primeiros momentos (ou seja, a hora de ouro).De acordo com a AAP, você deve se sentir confortável o suficiente para pedir a enfermeira que espere alguns minutos para continuar com os procedimentos. Assim, você poderá segurar o pequeno e deixar que ele se aproxime do seu seio para a primeira mamada. Evite se cobrir, para que vocês consigam aproveitar o contato pele a pele nos primeiros minutos.

Caso você não tenha tido essa oportunidade, não se preocupe. Simplesmente ficar olhando para o pequeno ou mexer nos dedinhos está longe de ser tempo perdido. Na verdade, é uma oportunidade de iniciá-lo em uma jornada saudável que irá, se tudo der certo, guiá-lo para o resto da vida.

Fonte: Parenting